Kleina apresentado: "Temos que ser letais"

Confira mais detalhes às 18h no Ponto Final na Rádio Som Maior e a cobertura completa na edição deste fim de semana do Jornal A Tribuna.

Encerrada a entrevista coletiva do técnico Gilson Kleina no Criciúma. Ele deixa a sala de imprensa e se dirige ao vestiário para uma conversa com o auxiliar Wilsão e o grupo de jogadores. Eles orientam um treino em seguida no gramado do Heriberto Hülse.

"Na minha vez ele vai estrear (Luizinho Vieira, técnico do Tubarão)? Ele fez estágio comigo, Luizinho, grande jogador, desejo sorte para ele a partir de segunda. Está buscando o seu espaço, ficou muito tempo comigo, sabe o jeito que a gente pensa, mas lá dentro tem outros fatores, não é só organização e plataforma, tem outras coisas que fazem a diferença para vencer. Principalmente a nossa atitude. Para esse jogo o Wilson com o William estão preparando da melhor maneira possível".

"O objetivo principal é do clube, e não do Kleina. Quer ser artilheiro, ter mais assistência, ótimo. Defesa menos vazada, consistência, mas isso tem que ser coletivamente, esse é o grande trabalho que vamos desenvolver".

"Hoje o jogador de confiança não é só por indicação. Hoje o futebol é feito por muita análise. Quando indico jogador, o Maringá tem sua posição, os analistas, a comissão técnica, o importante é ter convicção naquilo que vai trazer, temos que trazer jogadores com fome, que vão vestir a camisa e tem pretensão. Não vamos usar o Criciúma como vitrine, mas como objetivo. Eu passei um processo em uma grande equipe, tinha Paulista, Libertadores e Série B, mas os empresários não queriam trazer para a Série B. Ou você vem para o Palmeiras em todas as competições ou não vem".

"Nosso pensamento é de classificar sim (no Catarinense) por mais que tenha seis pontos de diferença".

"Temos que ser letais. Queremos sempre a vitória, mas temos que ser inteligentes, para não ser contra nós depois. Nos últimos trabalhos nós atingimos, demos um choque no vestiário e os jogadores compraram a ideia, espero que possa acontecer aqui. Mas não é só choque de vestiário, é trabalho".

"Temos 18 pontos a disputar, nossa gordura é pouca, temos que fazer o maior nível de pontuação possível, aliado a vitórias. Se fizer 18 pontos, você chega a 32, claro que tem que ter 100% de aproveitamento, não fiz a média com o Marcílio que é o quarto. Temos que ser francos, estamos a seis pontos do G-4 mas não podemos discuidar, estamos a sete também lá de baixo. É jogo de confronto, se o Tubarão tiver êxito pode diminuir para 4 e aumenta a nossa ansiedade. Se vamos fazer um trabalho de progressão, pegar confiança, ou se já tem condições pelo trabalho de ter uma postura dessa ou daquela maneira. Temos que ser inteligentes".

"O que vai consolidar uma identidade de grupo é na hora dos três pontos, onde você vê o perfil do jogador".

"O torcedor faz a diferença, joga junto, o amarelo na arquibancada, a chegada do ônibus, aquela torcida em massa esperando, vamos tentar reviver, que eles acreditem no nosso trabalho, naquilo que vamos pregar, tudo isso vai passar pela parte prática, dos treinos e do jogo".

"O resultado está diretamente ligado ao rendimento. Vejo muito futebol de resultado hoje, tem duas ou três equipes que propõe o jogo e tem equipes reativas atingindo objetivos. Não posso cravar de que jeito vamos fazer, mas aqui dentro temos que criar identidade. Tem que ser forte dentro de casa para atingir objetivos. Se é um lado para fazer diferença é do lado do seu torcedor".

"Quero assistir o primeiro jogo (contra a Chapecoense), como foi, a minutagem dos atletas, se teve variação, para ter uma ideia e não cair no erro, mas criar uma situação diferente que não foi feita e facilitar um pouco mais o jogo de cada um".

Kleina ao lado do presidente Dal Farra.

"Não tenho sistema favorito. A plataforma vai ser montada em cima do que temos que ser mais consistentes. Nossa equipe toma poucos gols, mas não tem poder de criação nem de definição. Temos que ver como organizar a parte defensiva, se vamos ser reativos, dentro das características que vamos adotar. O Wilson tem um pensamento, a gente complementou, hoje no treino vou poder averiguar melhor e dar mais subsídios e consistência para o sistema".

"Com a equipe rendendo isso atrai bons jogadores, e resgatar bons jogadores aqui dentro para terem seu real valor. Quer perpetuar na história de um clube? É conquistando. Nossa reunião de hoje foi muito mais sobre o elenco atual, mas queremos o grupo forte. Estamos dando toda a confiança para os jogadores atuais que poderemos resgatar".

"A manhã toda ficamos com o Maringá, os analistas e meus auxiliares e o Wilson, eu quis entender como a equipe jogava, se teve alguma variação, se o modelo as características se equivalia, daí começamos a entender. Se não tem jogador de área pode trabalhar de outra forma. As contratações tem que vir, tem nomes importantes que acho que podem vir, o Maringá é um gestor de mercado, é atuante, conhece muito bem, mas sabe como é o mercado, quando começa a falar com A, B, C, pode fugir da nossa alçada. Temos uma limitação, temos que entender de que maneira vamos qualificar esse grupo".

"Eu tenho que viver um jogo de cada vez. Eu quero elevar o nosso nível de confiança contra o Tubarão, depois o Brusque, daí uma grande equipe que é a Chapecoense. Temos que buscar a nossa identidade, é isso que eu vou trabalhar".

"Se é Série A o objetivo, temos que buscar elenco para isso. Agora vamos ter o clássico local com o Tubarão, é jogo difícil. Pra mim Campeonato equilibrado é o Catarinense, tem seis, sete equipes que podem ser campeãs".

"Não posso dizer que está tudo certo em sexto lugar. Temos que reagir, de que forma? Vamos observar. Infelizmente temos que falar a verdade para o torcedor".

"A gente vai ter que trabalhar com a simplicidade e convencer pelo trabalho e humildade e trazer todos com nível de confiança elevado".

"No Criciúma eu fiz Série A, jogos memoráveis. Um jogo contra o Flamengo ficou na minha cabeça, ganhamos do Grêmio no Olímpico e viramos quarto colocado do Brasileiro".

"Se eu consigo subir a Ponte contra o Geninho na última rodada eu teria conseguido ser o técnico que mais subiu times no Brasil".

"A pressão que a gente vive não tem como não ter cabelo branco nem ganhar peso. O objetivo coletivo tem que ser maior que o individual. Nós temos vaidades mas isso tem que ser trocado pelo objetivo coletivo, o que o clube quer. Trabalhei em grandes equipes, fiz reconstrução, tive queda e tivemos mais êxitos".

"Muita coisa aconteceu na minha carreira. Dentro da biografia que eu vou desenvolver tem histórias boas do Criciúma. Quando eu cheguei com o Lori ele foi vetado de trabalhar como treinador pois tinha vínculo com o Japão. Parou de pagar lá e o Criciúma aqui, eu fui representando o Lori. Ele não podia nem dar entrevista. Fomos fazendo uma campanha muito legal, resgatamos uma equipe muito forte, trouxemos o espírito da Série B agregado a alguns jogadores da Série A e a equipe deu uma liga forte".

"Estou muito feliz e espero poder representar da melhor maneira possível, fazendo um desempenho aliado a dentro e fora de campo".

"E para resgatar isso temos uma personalidade viva dentro do vestiário que é o Wilsão, campeão da Copa do Brasil".

"Vamos tentar otimizar o tempo da melhor maneira. O que me atraiu foi esse projeto audacioso, essa visão e mentalidade vencedora. Para ser grande tem que fazer acontecer. Sabemos da dimensão, da história do Criciúma, o último título aqui foi em 2013, espero que fique no quinto ano, precisamos resgatar isso".

"A diretoria, quando houve o contato comigo, o presidente sempre disse que queria uma situação diferente esse ano. É inegável que o objetivo é o acesso, é a volta do Criciúma à Série A. Mas não é só falar, temos várias coisas a definir. Vamos dar total condição a esse elenco, mas se vai haver carências, precisa trazer. Não adianta trazer o Maringá e eu e não poder dar subsídios e nomes ao presidente para deixar o Criciúma competitivo e forte".

"Temos convicção que as coisas vão acontecer. Saber como trabalhar as três competições".

"É muita coisa que temos para avaliar e trabalhar. Nesse momento temos que canalizar as condições de confiança. O tempo é contra nós? O resultado sempre se quer imediato, torcedor vem para ver uma situação melhor. Vamos tentar melhorar o desempenho para os resultados virem".

"Existem 18 pontos a serem disputados, vamos viver um jogo de cada vez. E temos Copa do Brasil, dificílimo, mas temos condições de ter nossa ambição e passar. E buscar a Série B, única competição que dá quatro títulos, do primeiro ao quarto lugar vale acesso".

"Qual a real condição técnica dos nossos jogadores. Qual o modelo dos últimos meses e anos? Infelizmente nos dois últimos anos a campanha do Criciúma não é consistente. Não quero ser mais um número aqui, temos que fazer coisas diferentes".

"A gente entende que a nossa profissão é ligada à emoção do torcedor, mas não podemos perder a razão nem a convicção. Hoje vamos começar uma análise minuciosa da parte prática".

"Eu ainda não consegui ver uma identidade mas o trabalho do Doriva era bacana, com consistência. Vamos entender de qual maneira vamos fazer o melhor encaixe dessa equipe. Pelo menos uma variável tem que acontecer. Eu quero estar envolvido no processo", diz Kleina. "Espero ter uma estreia com o pé direito".

Tubarão? "Eu já quero estar inserido no processo, mas hoje existe o registro do treinador, como hoje é sexta não sei se vai dar tempo de entrar no BID. O Wilson tem a minha confiança, nada mais justo que ele ir para o banco. Nós temos essa comunicação, eu no camarote. Mas já comecei o trabalho hoje. Entendi o modelo que ele está colocando".

"Quero lembrar o Lori Sandri, grande profissional, chegamos em situação difícil, da zona de rebaixamento para a quarta colocação do Brasileiro. Fiquei muito emocionado quando vi o seu Vilmar Casagrande, que fazia parte daquela história".

"Que tenhamos mudança de atitude e postura e planejar essas três competições. Para almejar a primeira classificação temos que viver um jogo de cada vez, e o mais importante é o jogo do Tubarão, para ter aos poucos o aumento do nosso nível de confiança".

"Quero agradecer ao Maringá, que fez parte desse processo. Tivemos uma história vitoriosa no último clube que passamos, onde participei da fase final de uma reconstrução. Levar uma equipe à Libertadores, espero que isso possa acontecer a partir de hoje no Criciúma".

"Quero agradecer ao nosso comandante Jaime, colocar para o nosso torcedor que sempre jogou junto, sempre tivemos um carinho especial, e através do trabalho a gente possa resgatar a confiança de todos"

Maringá pede à imprensa que dê preferência às perguntas para Kleina, já que o auxiliar Wilsão está no vestiário com os jogadores aguardando para o treino.

"Ele pegou a Chapecoense comigo, ficou onze jogos sem perder. Pegou a Ponte e ficou onze jogos sem perder. Esperamos que ele repita pela terceira vez essa história  vencedora. Temos absoluta confiança que vamos tirar o Tigre desse momento difícil", emenda Maringá.

"Não tivemos nenhuma dúvida do trabalho dele, vai fazer um grande trabalho na Chapecoense, ops, desculpe, no Criciúma. É um treinador altamente experimentado", afirma Maringá.

Agora fala o executivo João Carlos Maringá. "Para mim apresentar o Kleina é uma satisfação, tivemos uma relação muito boa em Chapecó".

"Temos que começar com mentalidade vencedora", pontua o presidente.

"A vinda deles é dentro daquele objetivo, de buscar ir até a quarta fase da Copa do Brasil, buscar o acesso na Série B e também buscar o G-4 a cada jogo", diz Dal Farra.

"Estamos aqui para apresentar a nova composição do futebol. Dois profissionais que já estiveram aqui, o Maringá como jogador e o Kleina como treinador", comenta Dal Farra.

Dal Farra e João Carlos Maringá ao lado de Kleina.

Presidente Jaime Dal Farra na sala de imprensa para fazer a apresentação.

Começa em seguida a entrevista coletiva de apresentação do técnico Gilson Kleina. Ouça pela Rádio Som Maior aqui no 4oito e no FM 100,7.

Tribuna do Dia de 6 de agosto de 2003, quando Kleina assumia efetivamente o Criciúma naquela temporada.

No Jornal A Tribuna de ontem, o repórter Lucas Renan Domingos fez uma retrospectiva da primeira passagem de Kleina pelo Criciúma.

Na capa de A Tribuna hoje o Sonego trouxe charge do Tigre.

Um Criciúma "com a faca nos dentes". É o que espera o comentarista João Nassif.

A vinda de Kleina para o Criciúma teve total relação com a contratação do diretor executivo de futebol João Carlos Maringá.

Com Gilson Kleina, a expectativa é que o Criciúma contrate até oito jogadores para a Série B.

Sala de Imprensa Clésio Búrigo sendo preparada para a apresentação que começa em instantes.

Gilson Kleina em 2004, quando da sua despedida do Criciúma, na ocasião ao lado do presidente Moacir Fernandes.

Lembrança de quando Gilson Kleina treinou o Criciúma durante o Brasileirão de 2003.

No anúncio oficial, o Criciúma confirmou que com Kleina o clube contratou mais dois auxiliares.

O repórter Lucas Renan Domingos está no Heriberto Hülse e em instantes inicia a cobertura ao vivo da Som Maior FM.

O comentarista João Nassif informou no começo da tarde de quarta-feira sobre a contratação de Gilson Kleina pelo Criciúma.

Na foto, Kleina com um boné da Guerrilha Jovem, uma das torcidas do Tigre.

O técnico Gilson Kleina já recebeu a acolhida de torcedores quando da sua chegada a pouco no Majestoso.

Boa tarde! Eu sou Denis Luciano e a partir de agora estaremos conferindo a apresentação do técnico Gilson Kleina no Criciúma.