Apesar de alguns obstáculos, Miami continua nos planos da Liberty Media para sediar uma corrida de Fórmula 1. Segundo Chase Carey, chefe executivo da companhia, o Grande Prêmio de Miami ainda está dentro do campo das possibilidades, apesar da Comissão da Cidade de Miami ter votado contra a idéia em setembro passado.
Depois da recusa, a Liberty anunciou o Vietnã como sede para um GP a partir de 2020. O evento deve expandir o interesse daquela região da Ásia pelo automobilismo. Carey ainda declarou que gostaria de aumentar o esporte nos Estados Unidos, acrescentando mais uma corrida, no caso, um circuito de rua em Miami, na Flórida. O GP atual acontece no Circuito das Américas (COTA), em Austin, no Texas.
“O plano é ter uma segunda corrida nos EUA. Mas não estamos lidando apenas com Miami, mesmo que estejamos convencidos de que seria um grande projeto”, declarou Carey à revista alemã Speedweek. “As negociações estão acontecendo. Quando se trata de circuitos de rua, há muitos interesses que precisam ser reunidos, e isso leva tempo. Mas o festival de Miami ajudou. Todos acharam que o evento foi ótimo. Foi um passo positivo para a corrida.”
Quando o GP do Vietnã foi anunciado, os fãs mostraram insatisfação com a escolha através das redes sociais, principalmente no Twitter. O público que acompanha a F1 alega que os dirigentes deveriam se preocupar em manter os circuitos clássicos, que enfrentam sérios riscos de sairem do calendário.
A Liberty alega que a expansão da F1 para outras partes do mundo não interfere nos grandes circuitos como Monza, Hockenheim e Silverstone. “Queremos manter as corridas com uma longa história. Elas são importantes para o esporte e para os torcedores. Mas em termos de locais de corrida, nada neste esporte é imutável. Afinal, somos um negócio”, argumentou Sean Bratches, diretor comercial da F1, para a rede RTL, da Bélgica.