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Lojas de Criciúma poderão abrir no feriado de Tiradentes

Sindicatos dos lojistas e dos comerciários não entraram em acordo sobre redução do pagamento adicional aos funcionários

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 16/04/2020 - 09:08 Atualizado em 16/04/2020 - 09:09
Retorno do comércio tem sido devagar (Foto: Arquivo / 4oito)
Retorno do comércio tem sido devagar (Foto: Arquivo / 4oito)

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As lojas poderão abrir na próxima terça-feira, dia 21, feriado de Tiradentes. Os lojistas de Criciúma tentaram transformar a data em dia oficial de abertura do comércio, inclusive com a retirada das diárias de feriado sobre os trabalhadores, mas não houve acordo com o sindicato laboral. Assim, os comerciantes podem abrir e inclusive tratar a negociação individualmente, mas sem acordo coletivo firmado.

A condição do pagamento de R$ 85 em vale compras e mais uma folga para o trabalhador foi firmada pelo Sindicato dos Comerciários no ano passado. A reivindicação do Sindicato dos Lojistas era para a retirada da diária, como uma forma de auxílio na chamada "reconstrução" da atividade comercial em Criciúma, após 24 dias sem abrir.

"É uma reconstrução. Precisamos reerguer, trabalhar. A primeira semana (de reabertura) tem sido muito difícil, com poucas pessoas, em função até do transporte coletivo, e de pessoas que estão se preservando em casa. Precisamos todo o dia mudar e fazer diferente, inclusive com o apoio do colaborador e das entidades trabalhando com o mesmo objetivo. Refazer o que foi destruído", disse Renato Carvalho, presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), à Rádio Som Maior.

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Criciúma e Região rejeitou a retirada da diária de feriado dos trabalhadores. "Para nós a saúde é mais importante. Aprovamos em convenção o adicional (de R$ 85) e mais um dia de folga. Eu não posso tirar. A assembleia aprovou e eu não posso tirar", disse Gelson Gonçalves, presidente do sindicato, ao Portal 4oito. De acordo com ele, o valor não é pago na folha, mas sim em vale-compras aos funcionários. 

"Não é nem na folha. Eles querem tirar tudo, aí não dá. É a nossa posição. O que está na convenção não pode ser tirado. Se as empresas quiserem discutir conosco, cada um abrir e conversar com os empregados é uma coisa, não tem problema", acrescentou Gelson.

A lamentação do Sindilojas é por não poder divulgar o feriado de Tiradentes como uma data oficial de comércio aberto na cidade. "O comércio que quiser abrir, pode abrir. Nosso objetivo era fazer mídia, reforçar que o comércio estaria aberto. Infelizmente, não pode ser feito. Tem legislação diferenciada para supermercado. 80% da mão de obra ativa está na atividade varejista. Será que não é essencial?", questiona Renato.

O objetivo de retirar o valor adicional aos funcionários, segundo o Sindilojas, era de desonerar o comerciante que ficou mais de 20 dias sem abrir. O retorno das vendas tem sido devagar e o setor, a exemplo de outros, convive com o perigo das demissões. O Sindicato dos comerciários firmou um acordo para a possibilidade da suspensão dos contratos e até de redução da carga horária para evitar a perda de empregos. 

"Está uma situação muito complicada. Como vai ser amanha não sabemos. Sem arrecadação não tem como pagar salário, a gente tem conhecimento disso. Temos um documento assinado para a suspensão de até 60 dias do salário ou redução de salário e horário. O que a gente não quer é que todos percam o emprego, mas acima disso está a saúde", conclui Gelson. 

Tags: coronavírus

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