Ele atua há 26 anos como colunista. Nesse tempo, muito do que rolou na cidade passou pelas "mal traçadas linhas" (como ele próprio diz) para "os seus 22 leitores fiéis" (outra das máximas do próprio). Ney Lopes migra da mídia impressa para a online se apropriando, bem ao seu estilo, de generosos espaços no 4oito, conforme foi anunciado nesta segunda-feira, 2. O novo reforço já começou com suas postagens, tanto ao melhor estilo da coluna que o consagrou nos jornais de Criciúma quanto ao sabor das novidades que ele - muito bem informado que é - recebe e de pronto abastece o blog que leva o seu nome no portal.
Ney fez carreira no jornalismo impresso, com anos de dedicação ao Jornal da Manhã, A Tribuna e, por último, no Tribuna de Notícias.
“Eu escolhi ser colunista por influência de um cara que sempre considerei o melhor colunista de variedades do estado, Cacau Menezes, que é até hoje meu amigo pessoal”, comentou Ney, citando Zózimo do Amaral, Ibrahim Sued, Ricardo Boechat, Anselmo Gois e outros “papas do colunismo brasileiro” como suas grandes influências.
Essa trajetória começou há mais de duas décadas e meia pelas mãos de Adelor Lessa, então no Jornal da Manhã. A proposta inicial, que abriu caminho para a grife que hoje o colunista ostenta, veio com as variedades mescladas com acontecimentos da cidade e uma pitada constante de bom humor, características que Ney levou ao longo do tempo para outras mídias, como o rádio e a televisão. Faltava fincar pés na web, como faz agora via 4oito.
No impresso, era sempre o cara da penúltima página dos jornais, "a mais lida de toda a cidade e região", segundo ele mesmo. Em suas colunas de variedades, Ney sempre buscou abordar todos os temas possíveis: festas, política, esportes, cultura, personalidades e fofocas da cidade. “Tudo temperado com muito bom humor”, reafirmou.
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Para o colunista, foram tantas histórias marcantes enquanto profissional que faltaria espaço no jornal para citar uma por uma. Apesar disso, um momento específico ficou extremamente marcado na vida de Ney. “Uma das histórias mais marcantes para mim aconteceu há 15 anos, na minha primeira visita a Boston, nos Estados Unidos. Lá, na época, moravam mais de 35 mil pessoas de Criciúma e região, e fui convidado para participar de uma festa com dois mil criciumenses que me conheciam através da minha coluna e do meu trabalho como DJ”, relembrou.
A decisão de migrar do tradicional para o digital foi difícil, segundo Ney, mas se tratava de algo inevitável para a sua carreira como colunista. “Não tinha mais como esperar, a velocidade das redes sociais estão atropelando tudo, e ou você vai e encara ou fica para trás. Meu público na mídia impressa estava envelhecendo e o novo queria o Ney Lopes, mas nas redes sociais. Não tinha como eu não encarar esse novo desafio”, concluiu.