Mandetta caiu. Não é mais ministro da Saúde

Bolsonaro encerra o seu pronunciamento.

"Existe um alinhamento completo entre mim, o presidente e a nossa equipe. Vamos trabalhar para a sociedade retomar logo uma vida normal".

"Quanto mais desenvolvido um país, mais investe em educação, saúde, mais tem recurso para ajudar a sociedade".

Teich cita "os determinantes sociais da saúde".

"A gente discutir saúde e economia. Isso é muito ruim".

"Quanto menos informação, mais discussão na emoção. Isso não leva a nada, é ineficiente".

Esse é o ministro da Saúde, Nelson Teich. Ele está falando.

"Não haverá qualquer decisão brusca ou radical", diz Teich, sobre o distanciamento social.

O novo ministro da Saúde já é anunciado e começa a falar.

"Estamos juntos em defesa da vida, dos empregos e buscando levar tranquilidade e paz para o nosso povo".

Bolsonaro anuncia Nelson Teich, oficialmente, como novo ministro da Saúde. Ele é carioca, oncologista e foi conselheiro de Bolsonaro desde a época da campanha eleitoral.

"Nesse momento, além de agradecer o sr. Mandetta pela sua cordialidade, pela forma como conduzir o seu ministério, eu também agradeço o dr. Nelson por ter aceito esse convite. Ele sabe do enorme desafio que terá pela frente".

Bolsonaro segue falando.

"O excesso não levará à solução dos problemas, se agravará".

"Jamais cercearemos qualquer direito fundamental".

"Devemos tomar medidas sim, para evitar a proliferação do vírus, mas pelo convencimento e com medidas que não atinjam a liberdade e as garantias individuais de qualquer cidadão".

"Jamais vou retirar um direito constitucional de ir e vir, seja qual for o cidadão".

"Os excessos que alguns cometeram, que se responsabilizem por eles. Jamais eu mandaria as minhas Forças Armadas prender quem quer que seja que estivesse nas ruas".

"Eu apelo aos demais poderes, a responsabilidade não é só minha, é de todos nós".

"Esse dar certo, agora, acontecerá em um tempo mais ampliado".

"Montamos um governo diferente que tem dado resultado. Estávamos praticamente voando no final do último trimestre, tudo estava indo muito bem, o Brasil tinha tudo para dar certo em um curto espaço de tempo".

Bolsonaro faz longas pausas durante o seu pronunciamento. Mais uma agora.

"Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Jamais pecarei por omissão".

"Não me furtarei à minha responsabilidade".

Presidente diz que, "se porventura exageraram (governadores e prefeitos) não botem essa conta nas costas do sofrido povo brasileiro".

"A economia tem que voltar à normalidade".

"A volta à normalidade, além de poder demorar, outros problemas aparecerão", diz Bolsonaro.

"Não podemos prejudicar os mais necessitados. Eles não tem como ficar em casa por muito tempo sem buscar o seu alimento. E os primeiros que sofreram com isso foram os informais".

"O que eu conversei com o dr. Nelson (futuro ministro) ao meu lado, foi fazer com que ele entendesse a situação como um todo, sem abandonar o principal interesse, a manutenção da vida, mas sem esquecer que ao lado disso tinhamos outros problemas, como o desemprego".

"Ele fez aquilo que como médico achava que devia fazer. Ao longo desse tempo, a separação cada vez mais se tornava uma realidade. Mas nós não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito por ele até o momento fosse perdido".

Bolsonaro diz que a conduta de Mandetta sobre o cuidado com os empregos não foi a que ele achava adequada.

"Um clima quase de terror se instalou no meio da sociedade".

"Desde o começo da pandemia eu me dirigi a todos os ministros e falei da vida e do emprego. É como um paciente, que tem duas doenças. A gente não pode abandonar uma e tratar exclusivamente outra".

"Quando se fala em saúde, se fala em vida e não se pode deixar de falar em emprego. Uma pessoa desempregada estará mais propensa a sofrer problemas de saúde que uma outra empregada".

"Como presidente eu coordeno 22 ministérios. E na maioria das vezes o problema não está afeto a um ministério".

"A vida, para todos nós, está em primeiro lugar".

"Foi realmente um divórcio consensual", garantiu Bolsonaro. "Acima de mim, como presidente, e dele como ainda ministro, está a Saúde do povo brasileiro".

"Em comum acordo, mas o termo técnico não é esse, eu o exonero do ministério nas próximas horas", confirmou.

"Foi uma conversa de 30 minutos, produtiva, cordial. Ele (Mandetta) se prontificou a participar de uma transição tranquila, com riqueza de detalhes", diz o presidente.

Agora, quem vai falar é Bolsonaro. Confira no 4oito.

"Não vou responder perguntas, espero que a imprensa entenda".

Bolsonaro só está esperando terminar a fala de Mandetta para se pronunciar no Palácio do Planalto.

"Ministros passam, o que fica é o trabalho dos servidores".

"Lutamos um bom combate até aqui".

"Eu só tenho a agradecer. Foi muito bom o nosso período aqui".

O ex-ministro segue falando o discurso dirigido à equipe do Ministério da Saúde. Ele pede que apoiem o novo ministro.

Mandetta fala em defesa intransigente da saúde. "A ciência é a luz, é o iluminismo, é através dela que vamos sair, apostem todas suas energias, através da ciência. Não tenham uma visão única, não pensem dentro da caixinha".

"Eu tenho muita gratidão ao presidente por ter me nomeado para esse cargo".

"Não tenham medo, não façam um milímetro diferente do que você sabem fazer".

"Eu prefiro ser aquela metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo", disse, parafraseando Raul Seixas.

"O Ministério da Saúde nunca foi uma via de mão única, sempre foi ida e volta", destacou. "Eu sempre fui a voz a ser convencida a mudar de posição, e quantas vezes eu mudei de posição porque vocês mostraram que eu tinha que mudar de posição"

"Saio daqui com uma experiência absolutamente fantástica", elogiou Mandetta.

Bolsonaro vai se pronunciar em instantes.

Confira aí a enquete da @radiosommaior no Instagram:

No Instagram da Rádio Som Maior também tem enquete sobre a saída do ministro da Saúde.

Enquete no Twitter; Bolsonaro acertou ou errou?

Luiz Henrique Mandetta foi ministro da Saúde por 16 meses. Ele é deputado federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul.

Mandetta está agradecendo aliados e colaboradores do seu período enquanto ministro da Saúde.

Presidente Bolsonaro deve se pronunciar em instantes.

Mandetta está falando. Assista pelo 4oito e a repercussão completa às 18h no Ponto Final.

"Gabbardo foi meu braço direito", diz, referindo-se a João Gabbardo, secretário executivo. "Porque vocês estão todos de máscara?", perguntou Mandetta.

Luiz Henrique Mandetta já está na sala, começando a falar.

Nelson Teich está confirmado como novo ministro da Saúde. Ele defende isolamento social e testagem em massa como estratégicas contra a Covid-19.

Ainda não começou a entrevista coletiva com o ex-ministro Mandetta.

Nelson Teich publicou, no início de abril, um artigo sobre isolamento social. Confira a reprodução abaixo do portal R7:

Em um artigo publicado na rede social Linkedin em 3 de abril com o título "COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil", Teich destacou que "estamos vivendo um tempo de guerra e tempos de guerra, apesar de todas as dificuldades e perdas, são períodos onde grandes inovações acontecem, inclusive na saúde".

Ele ponderou sobre isolamento horizontal (para todos) e vertical (apenas para grupos de risco). Disse que "diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento. Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país."

"Outro tipo de isolamento sugerido é o isolamento vertical", escreveu. "Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema. Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem à partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente."

Teich defendeu em seu artigo que o isolamento social "deveria ser personalizado". "Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul. Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos. Estamos falando aqui do uso de testes em massa para covid-19 e de estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxilio das operadoras de telefonia celular. Esse monitoramento provavelmente teria uma grande resistência da sociedade e demandaria definição e aceitação de regras claras de proteção de dados pessoais."

Nelson Teich já é tratado como ministro no Palácio do Planalto e entre deputados governistas, informa Andreia Sadi.

Mandetta vai começar a sua entrevista coletiva em instantes.

A Globo News é mais cautelosa sobre o novo ministro. A jornalista Andreia Sadi coloca que Nelson Treich está convidado e provavelmente será o subsituto de Mandetta. 

Continue seguindo a cobertura na Rádio Som Maior, que está ao vivo tratando dos desdobramentos da queda do ministro Luiz Henrique Mandetta.

O R7, portal da Rede Record, crava que Nelson Teich é sim o novo ministro da Saúde. Confira.

Veja a postagem de Mandetta confirmando sua saída:

A comentarista Andreia Sadi, da Globo News, está falando a respeito agora, e a Som Maior acompanha. Ouça.

Segundo a Folha de São Paulo, o convite a Nelson Teich para assumir o Ministério da Saúde já está feito.

Postou Mandetta em seu Twitter:

Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar. Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país.

Mandetta acaba de postar no Twitter a sua saída.

"Novo ministro, Nelson Teich é apontado como uma pessoa ponderada. Já escreveu texto defendendo o isolamento social e argumentando que o isolamento vertical é arriscado", diz ela.

A jornalista Carolina Bahia já trata a troca como certa.

"Dr Cláudio Lottenberg,Presidente do Conselho do Einstein,foi chamado para conversar com Bolsonaro amanhã. Ontem à noite,no YouTube, contei que no Fórum da Liberdade,ele disse que se for convidado para a Saúde, aceitará", informou o jornalista Alexandre Garcia, via Twitter.

Teich é um bolsonarista já conhecido, de longa data, e que esteve cotado para ser o ministro antes de Mandetta, no início do atual governo.

O médico oncologista Nelson Teich, antigo aliado de Bolsonaro, está cotado para assumir o Ministério da Saúde.

O Brasil atingiu a marca de 30.435 casos confirmados.

São 1.924 óbitos, um acréscimo de 6,3% em relação a ontem.

A crise entre Bolsonaro e Mandetta se torna ainda mais aguda no dia em que o Brasil se aproxima de duas mil mortes por Covid-19.

O 4oito e a Rádio Som Maior estarão transmitindo a entrevista ao vivo.

Eles tiveram uma rápida conversa e Mandetta confirmou a entrevista coletiva para 16h15min.

Ele foi chamado pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto nesta tarde.

Ele próprio, em recentes entrevistas, tratou de informar que estava por sair.

A informação que corre nos bastidores em Brasília é que Mandetta deverá confirmar sua saída do Ministério da Saúde.

Boa tarde! Em instantes o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estará concedendo entrevista coletiva.