Nesta terça-feira (15), data em que é celebrada a Proclamação da República, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se unem para mostrar a insatisfação com a derrota do atual presidente do país nas eleições de 2022, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu. Em Criciúma, eles seguem reunidos em frente ao 28° Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), onde permanecem desde o feriado de Finados, no início do mês.
“Se tiver que ficar mais 50 dias, a gente vai ficar! Porque a gente quer uma pátria livre. Vamos lutar até o fim”, frisa um dos manifestantes, Mateus Gomes. O criciumense está envolvido nas manifestações desde o dia 1º de novembro, e conta que 600 a 800 pessoas acampam no local diariamente. Mateus tem dois filhos e, para ele, o protesto é por um futuro melhor para eles.
Além do resultado nas urnas, eles protestam contra a censura nas redes sociais. “Hoje, a censura está fazendo parte da vida de qualquer um! Ela pode chegar para qualquer um... O Brasil precisa de uma lei ordeira urgente”, destaca Mateus. Segundo ele, o culpado pelo início das paralisações é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Para permanecerem firmes durantes os quase 15 dias, os manifestantes contam com ajuda externa. Mateus comenta que muitas doações estão sendo recebidas. “O povo aqui é muito solidário”, agradece. No caso dele, que mora há sete quilômetros do 28º GAC, foi possível ir para casa dormir alguns dias, mas muitas pessoas vêm de muito mais longe.
“Tem um rapaz que é brasileiro, mas mora em Boston e está aqui! Ele já adiou a passagem dele três vezes e está aqui lutando pelo país, porque os filhos dele estão aqui no país”, ressalta. “O Brasil é lindo por natureza, é um país que acolhe gente de vários países. Dos países da América Latina, por exemplo, só faltava entrar o comunismo e socialismo aqui. Estão querendo implantar, mas o povo vai lutar até o fim”, completa.