Uma das doenças com maior incidência entre as mulheres brasileiras, o câncer de colo de útero contabilizou 16.710 novos casos somente em 2020, sendo responsável por 7,5% de todas as neoplasias no público feminino, segundo dados do INCA - Instituto Nacional do Câncer. Para enaltecer a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do terceiro tipo mais comum da doença no Brasil, a campanha Março Lilás emerge como bandeira de conscientização em todo o país. A temática vai ser pauta de um encontro virtual nesta quinta-feira (25), às 18h, com a presença de especialistas de diferentes áreas da saúde.
O webinar organizado pelo Laboratório Búrigo vai contar com a participação da médica ginecologista e mastologista Beatriz Serafim Atlhoff Rocha, que também presta serviços de forma voluntária para a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Criciúma (RFCC) e os biomédicos do DB Diagnósticos do Brasil Lucas Fioravanti e Samara Gema. Os especialistas vão debater todos as etapas do câncer de colo de útero - métodos diagnósticos, sintomas, tratamentos, cirurgias e prevenção. Para acessar, basta clicar em https://www.youtube.com/watch?v=cDlQ3WsPEBo.
Em boa parte dos casos se identificam os tumores no colo do útero com base em exames de rotina, conhecidos como "preventivo" ou papanicolau. Quando há anormalidade o(a) médico(a) encaminha a paciente para novos testes para reunir mais informações sobre o caso e chegar ao diagnóstico, explica Beatriz. "O preventivo consegue detectar lesões pré-cancerígenas que, quando são pequenas, podem ser removidas em microcirurgias. Quando a situação está mais agravada pode ser considerada até a cirurgia para retirada do útero", detalha.
A RFCC
Com um trabalho histórico de apoio a pacientes da doença, com esse ou outros tipos, a Rede Feminina de Combate ao Câncer realizou mais de 16 mil exames preventivos nos últimos 10 anos (de 2009 a 2019, já que em 2020 as testagens foram paralisadas em função da pandemia de covid-19). Somente no último intervalo de 12 meses foram 1,4 mil papanicolau. Desses casos, a RFCC viabilizou 70 colposcopia e 16 biópsias para aprofundamento de investigações de casos e 12 pacientes acabaram encaminhada para procedimentos cirúrgicos.
"Vamos aproveitar para comentar no evento também sobre o trabalho desenvolvido pela Rede Feminina, desde o acolhimento até o pós cirúrgico, onde as pacientes de câncer são atendidas por especialistas voluntárias e também recebem o apoio o carinho de outras mulheres que estão vivendo a mesma batalha ou já pasasaram por ela", conta Beatriz, que participa da Rede há 11 anos.