Finalmente deu certo, e João Carlos Maringá é o novo diretor executivo de futebol do Criciúma. Ele foi apresentado na tarde desta segunda-feira. "Já tive um convite anterior, pedi um tempo depois que eu saí da Chapecoense", lembrou. "O presidente foi muito feliz em escolher o executivo primeiro", pontuou, lembrando que a grande prioridade agora é contratar o treinador. "Ele trouxe um diretor vencedor e quer um treinador com perfil ganhador também", afirmou.
O novo executivo tricolor lembrou o pouco tempo que o Criciúma tem pela frente. "Temos um tempo, mas não muito tempo. Além do Catarinense temos a Copa do Brasil com fator financeiro muito importante".
Indagado sobre as funções no futebol e a atuação do assessor de futebol Ricardo Rocha, Maringá comentou que "a partir do momento que o presidente acertou comigo as responsabilidades por contratações são do João Carlos Maringá. Não sei até onde o Ricardo Rocha vai mas o departamento de futebol é comigo". E ele pediu autonomia. "Eu sou um diretor que chama a responsabilidade, e preciso ter a minha autonomia também".
Um dos primeiros passos será buscar informações com o auxiliar técnico do clube, Wilson Vaterkemper, que comandou a equipe interinamente ontem na derrota para a Chapecoense. "O Wilsão, meu querido amigo, que pode me dar um desenho do que está acontecendo". Para Maringá, o Criciúma pode render mais com o time que tem atualmente. "Com o nível de jogadores que temos precisamos render mais. Precisamos entender onde ficou esse vácuo e o Criciúma se descaracterizou. Nós temos que fazer um time para resgatar o Criciúma vencedor. Temos bons jogadores".
O dirigente comentou que já assistiu alguns jogos do Criciúma nesta temporada. "Assisti três jogos e meio, um ao vivo em Chapecó, no jogo da chuva, o Criciúma jogou bem até o momento da chuva".
Indagado sobre os gastos do time para o Campeonato Brasileiro, afirmou que seria importante ter mais recursos. E chegou a citar valores. "Vitória, Sport, Ponte Preta, três ou quatro times terão orçamento maior que o nosso. A nossa ambição é de subir, o ideal seria ter um pouco de dinheiro a mais, por isso esse jogo da Chapecoense é fundamental, por causa do valor. Vai que tenha R$ 700 mil para gastar de folha, sobra mais de R$ 100 mil dividindo por mês. É um jogo importante para ter o suficiente para uma folha de R$ 800 mil a R$ 900 mil para ter possibilidades. Já fizemos mais com menos, é nisso que eu confio", destacou.
E prometeu trabalho incessante pelo objetivo de subir no Brasileiro. "Temos pretensões de voltar à Série A. Vamos trabalhar vinte horas por dia, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance". Maringá não quis entrar na discussão sobre nomes de treinadores. "Temos várias opções", resumiu.
Ouça a entrevista coletiva no podcast abaixo.