Militante política desde a Segunda Guerra Mundial, assim ela se define. Marlene Soccas, natural de Laguna, foi presa e torturada durante o regime militar, participou da criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e em 2014 concorreu ao governo de Santa Catarina. Ela participou do Programa do Avesso, e falou sobre tudo isso.
“O meu envolvimento é com a humanidade, pelo direito das pessoas. Quando eu fui presa, tinha direito a um habeas-corpus, mas foi negado pelos militares”, contou.
Marlene é formada em Odontologia. Em 1970, foi presa por militância contra o regime militar, ficando detida por dois anos. Ela revelou que a tortura era realizada com alternância de dias, sendo que todos eram colocados sem roupas.
“Eles amarravam em uma cadeira do dragão, onde tomava choque elétrico. Eles jogavam água, e potencializava ainda mais os choques”, contou.
Foi uma das fundadora do PT, em 1980, mas ficou pouco tempo no partido. Pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi candidata a deputada estadual em 1986 e a vereadora em 1988, em 2012 concorreu ao Governo do Estado. Para Marlene, Lula é inocente no caso do tríplex.
“Foi comprovado que o apartamento não era dele, até pode ter visitado para comprar. Se ele ficasse com o tríplex todo mundo cairia em cima dele”.
Ela afirma que o comunismo dá certo, e que nesse tipo de governo, todas as pessoas devem contribuir, sendo que quem não trabalha, é deixado de lado. “O que o comunismo faz de bom é abafado. O comunismo está dando certo em Cuba, não tem nenhuma criança dormindo na rua”, analisou.
A militante acredita que a corrupção do Governo PT é uma mentira inventada pela mídia. “Hoje o PT é o partido que recebe toda a carga do golpe, é tudo culpa do Lula e da Dilma. Tudo ficou ruim com o Temer, a crise que havia aqui era a crise de 2008”, garantiu.