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Com a marca de 19.142 visitantes na Mina de Visitação Octávio Fontana em 2024, a Administração Municipal, por meio da Diretoria de Turismo, já se prepara para consolidar o local como um destino turístico ainda mais popular durante as férias de verão. Em meio ao som do trenzinho e ao brilho dos minerais, a primeira metade de janeiro já registrou 1.436 visitantes. Assim, o atrativo, que mistura natureza, história e cultura, continua a encantar e despertar a curiosidade de quem se aventura pelas galerias, ao mesmo tempo em que revela o detalhes sobre o mineral que impulsionou o desenvolvimento econômico do Sul de Santa Catarina.
De acordo com o coordenador administrativo da Mina de Visitação, Roberto Bortolotto, o ponto turístico atrai grupos de amigos e famílias durante todo o ano, mas no início do ano letivo o número de excursões escolares é bastante significativo. "Para que a mina se torne um destino turístico mais popular, estamos planejando a reforma e ampliação da casa museu, a revitalização do subsolo e a construção de um segundo trem para dar mais conforto ao turista", revela.
Conforme o diretor de turismo, Marcos Mendonça, a mina segue sendo uma oportunidade de imergir em um patrimônio natural e cultural, atraindo pessoas para se aventurar nas galerias, na história e na beleza do local. "Desde a sua inauguração em 2011, a nossa Mina de visitação se tornou um dos pontos turísticos mais visitados do município, recebendo diariamente turistas do país todo que saem maravilhados com a experiência", evidencia.
A experiência inesquecível de visitar a Mina
Conforme o coordenador, durante o passeio, os visitantes têm a chance de viajar no tempo. Visto que cada passo dado na mina é possível conhecer as condições de trabalho, a segurança e religiosidade do mineiro que adentrava ao subsolo para buscar o ouro negro (forma que ficou conhecido o carvão em meados dos anos 1900). Os mineiros sustentavam as famílias com o trabalho, e contribuíram de forma importante para o desenvolvimento econômico de Criciúma e região.
"O passeio inicia na superfície, quando o visitante tem a oportunidade de conhecer um pouco da história do carvão e da sua extração, através das maquetes e do vídeo que é apresentado pelos guias", explica Bortolotto. Em seguida, o turista é convidado a ir ao subsolo para ver in loco como era o processo de extração do carvão, que na mina São Simão, ocorria de forma artesanal através do emprego de ferramentas como: pás, picaretas e vagonetas, além da força dos mineiros para a retirada do carvão do subsolo.
"Normalmente o visitante fica surpreso com fato da pouca altura das galerias, o que tornava o trabalho no subsolo ainda mais difícil", pontua Bortolotto.
A pé ou de trenzinho
O ingresso ao subsolo pode ser feito de duas maneiras. A primeira delas realizar o percurso de 300m a pé, para os grupos com mais de 12 pessoas, ou por motivo de manutenção o trem esteja impedido de circular, mas permite uma imersão mais intensa no local de trabalho dos minérios.
Grupos de até 12 pessoas podem fazer o percurso a bordo da réplica de uma locomotiva alemã de 1922. O trenzinho leva os turistas até o salão principal, local que é mostrada a evolução do processo de extração do carvão mineral e as condições de trabalho dos mineiros.
Segurança acima de qualquer coisa
Quando a antiga Mina São Simão foi escolhida para abrigar a Mina de Visitação Octávio Fontana, a segurança foi um dos fatores decisivos. O teto extremamente estável das galerias garantiu que o local oferecesse um ambiente seguro tanto para os trabalhadores quanto para os turistas, que hoje exploram suas galerias. Bortolotto informa que para liberação da visitação é necessário antes passar por uma vistoria, que é realizada por um dos guias.
Visto que o compromisso com a segurança é parte fundamental da experiência, é alertado o uso obrigatório de capacetes no subsolo. Além disso, é realizada uma manutenção preventiva, com periodicidade semanal, que é feita no teto no sentido de retirar placas da rocha que naturalmente estejam em processo de desprendimento do maciço da rocha que compõe o teto da mina.
Raízes Profundas: A história que moldou a Mina Octávio Fontana
O ano de 2011 consolidou a abertura do ponto turístico que ficaria conhecido como a única mina de carvão mineral da América Latina e uma das quatro existentes no mundo aberta para visitação pública. O local, que originalmente fazia parte da antiga Mina São Simão, que funcionou entre o período de 1960 e 1995, foi restaurado e transformado em um dos principais pontos turísticos da região.
Com 300 metros dos mais de 6.000 metros de galerias da Mina São Simão, a mina de visitação preserva a memória de um dos períodos mais marcantes da cidade. Durante a visita, os turistas podem reviver o passado ao andar na locomotiva da mina, um veículo batizado de Arlei Cardoso em 2021, em homenagem a um mineiro que trabalhou na mina São Simão e, anos mais tarde, se tornou maquinista da Mina Octávio Fontana.
Aventura Subterrânea: Como encontrar a Mina e quando visitar
A Mina de Visitação Octávio Fontana está localizada na rua Quintino Dal Pont, no bairro Arquimedes Naspolini. O local é aberto para visitação nas segundas, das 14h às 18h, e de terça-feira a domingo, das 9h às 18h, com intervalo para almoço das 12h às 13h. O valor da entrada é de R$24 e pode ser adquirida no local. Professores, estudantes, crianças até cinco anos, idosos acima de 60 anos e doadores têm direito a meia entrada, mediante comprovação. O agendamento das visitas pode ser feito pelo telefone (48) 3445-8734.
