Por mais que as igrejas de Santa Catarina já estejam aptas para retornar as suas atividades desde terça-feira, 22, de acordo com o último decreto do governador, as missas seguirão suspensas em Criciúma. Um dos motivos é as restrições colocadas sob a entrega da Eucaristia durante os encontros. Já os cultos das igrejas evangélicas devem retornar normalmente no município.
De acordo com o coordenador diocesano da pastoral de Criciúma, padre Antônio Júnior, a decisão foi tomada juntamente com o bispo Dom Jacinto e outros coordenadores. “Achamos por bem que o momento de retornarmos com as nossas atividades e as nossas missas com a presença de fiéis, fisicamente falando, não seria o mais prudente nessa hora”, destacou.
A Diocese prorroga a suspensão até o dia 5 de maio, para analisar como estará a situação do coronavírus na região, com a flexibilização de atividades ocorrendo. No dia 5, será realizada uma nova reunião para decisão do retorno ou não dos encontros. “Encontramos dificuldades em muitos pontos, uma coisa é você dizer numa loja que entrou três pessoas e não podem mais, outra coisa é fazer isso durante a missa, com a porta da igreja aberta e as pessoas entrando”, pontuou o padre.
Outro ponto que causou incômodo aos católicos é a parte do decreto que orienta que os elementos da Eucaristia sejam entregues embalados. “Nós jamais entregaríamos a sagrada comunhão de forma embalada ou algo parecido. Aceitamos as normativas sanitárias, agora mexer dentro dos nossos cultos e a maneira como realizamos, isso nem o governo e nenhum outro legislador tem direito. Quem diz o que deve ou não deve ser feito dentro de uma missa, o que pode ou o que não pode alterar dentro de uma missa é o santo padre o papa, e ninguém mais”, afirmou.
Igrejas Evangélicas
O presidente do Conselho de Pastores de Criciúma, pastor Toninho Lalau, reforça que havia uma grande expectativa por parte dos pastores evangélicos de retornar com os seus cultos. “Queríamos voltar normalmente, mas claro que dentro das novas deliberações”, ressaltou.
Diferente das igrejas católicas, os cultos devem voltar em sua grande maioria. “Acredito que boa parte das igrejas evangélicas retornam as suas atividades normais, dentro do padrão previamente estabelecido pelo governo”, pontuou.