O prefeito de Criciúma é um dos mais inflamados, em nível estadual, contra as medidas restritivas mantidas pelo governador Carlos Moisés, com a manutenção do isolamento social em diversos segmentos como medida contra a expansão do novo coronavírus em Santa Catarina.
"No que depender dos nossos decretos, o comércio pode abrir e o transporte coletivo pode circular. Só não estão podendo por conta dos decretos do governador. A vida precisa voltar ao normal", apelou Clésio Salvaro, em manifestação no fim da tarde desta quinta-feira, 9.
O governador Carlos Moisés tratou do tema em sua entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta, 10. "Além de estarmos liberando setores essenciais, devemos a partir da semana que vem, quando termina nosso decreto de isolamento social, flexibilizarmos algumas áreas", antecipou. "Nós também, entendendo a situação de grandes municípios onde casos se multiplicam rapidamente, onde podemos ter colapso da assistência", referiu. "Nesses casos específicos, os prefeitos podem estabelecer normas mais restritivas, mais rígidas ainda, e não mais flexíveis", apontou, jogando um balde de água fria em pretensões de flexibilizar apontadas por muitos prefeitos, entre os quais Salvaro. "Nesses casos, de restringir mais, conforme a necessidade local, o estado estará apoiando o prefeito", reforçou.
Moisés lembrou que as normas de Santa Catarina são as mais restritivas do país. "Vemos que o empreendedor, com responsabilidade, pode voltar a exercer suas atividades sem acúmulo de pessoas", indicou, acenando com o que deve anunciar neste sábado, uma liberação parcial do comércio. "Se detectarmos que a reunião de público está acontecendo, o funcionamento do estabelecimento estará suspenso", completou. O governador indicou, ainda, que não deverá liberar a atuação dos shoppings centers, em função do risco de acúmulo de pessoas.
Santa Catarina registrava, até o fim da tarde desta sexta, 717 casos de Covid-19 com 18 óbitos. Depois da divulgação desse relatório, mais uma morte foi confirmada em Criciúma, a quarta na cidade, que passou a ser a com maior incidência de óbitos em Santa Catarina pela doença.
Ouça a íntegra da entrevista coletiva com o governador no podcast: