O número de surdos no Brasil é superior a 10 milhões de pessoas, equivalente a 5% da população. A perda de audição pode começar desde cedo, inclusive quando ainda é criança. O médico otorrinolaringologista Filipe Trento Búrigo participou do Ponto a Ponto e contou tudo sobre este problema.
“Dá para perceber desde cedo. Algumas crianças nascem com o problema, daí o teste da orelhinha, que norteia sobre os resultados. O importante é diagnosticar desde cedo, a memória auditiva não pode ser recuperada”, explicou.
A incidência do problema ocorre principalmente após os 50 anos. As pessoas que trabalham em locais com muito barulho tendem a começar a perder audição mais cedo. Colocar álcool no ouvido não é recomendado.
“Às vezes está com um tampão de ceira. O cotonete vai empurrando a ceira para dentro. Dentro do ouvido existem as células ciliadas, na população geral aparece com 50 anos. Quem é exposto a muito ruído sofre antes”.
Ouvir TV com volume alto é um sinal. O médico recomenda a realização de exames ao menos uma vez por ano, a audiometria. Algumas pessoas tem a capacidade de ouvir melhor, isso é chamado de hiperacusia.
“O fone de ouvido não dissipa o som, vai direto para o ouvido. O ideal é deixar o volume do meio para baixo”, contou.
Os cuidados com as crianças devem seguir até os quatro anos. Se diagnosticado cedo, é possível corrigir o problema.
“Quando a criança nasce surda, com raras exceções não dá para recuperar. É um processo lento, mas será uma criança norma ouvinte, um adolescente normal”, finalizou Filipe Búrigo.