Depois de longos anos atuando como jogador, Doriva surgiu para o mercado da bola como técnico de forma meteórica. Foram dois anos sendo auxiliar no Ituano, até que em 2014, assumiu a equipe. Logo no primeiro ano de trabalho, conquistou o Campeonato Paulista, uma das maiores e mais disputadas competições estaduais. No ano seguinte, comandou o Vasco no estadual do Rio de Janeiro e foi campeão mais uma vez. Passou por outros clubes até chegar ao Criciúma, onde vem vivendo seu pior início de temporada.
Além de Ituano e Vasco, Doriva já comandou outras três equipes desde o princípio de um campeonato estadual, foram os casos de Bahia, Novorizontino e, agora, o Tigre. Comparando o desempenho do treinador nas seis primeiras rodadas de todos os estaduais que foi treinador, até o momento, o Criciúma vem sendo o trabalho com menor expressão.
“Sempre muito tranquilo e muito lúcido. Eu sei que estou dando o meu melhor. Estou tranquilo, fazendo meu trabalho com os atletas que tenho, trabalhando da melhor maneira possível”, disse o técnico após a derrota por 3 a 0 para o Avaí no último domingo, pela sexta rodada do Campeonato Catarinense.
Os números de Doriva
Os dados mostram o desempenho do técnico nos clubes por qual passou. Pelo Ituano, quando foi campeão em 2014, os primeiros resultados nas seis primeiras rodadas não foram tão positivos, mas a campanha terminou com o time campeão. Nos seis jogos de início de campeonato foram nove pontos conquistados dos 18 disputados, somando duas vitórias, três empates e uma derrota.
No Vasco, em 2015, quando conquistou o Campeonato Carioca, foi o melhor começo de temporada de Doriva, já apontando a força que tinha para levantar a taça. Dos mesmos 18 pontos em disputa, ele levou 16 pra casa. Não perdeu nenhum jogo. Ao todo, cinco vitórias e um empate. No Bahia, em 2016, também um grande início de competição pelo Campeonato Baiano. Nas primeiras seis rodadas, cinco vitórias, uma derrota e 15 pontos conquistados. Doriva ficou com o vice-campeonato, perdendo para o Vitória na final.
Pelo Novorizontino, no ano passado, um começo semelhante ao que vem vivendo no Criciúma. Apenas oito pontos conquistados em 18 disputados. Duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Sendo assim, tem sido no Tigre o pior momento do treinador em um começo de trabalho. São apenas duas vitórias nos seis primeiros confrontos e quatro derrotas. Um saldo de apenas seis pontos alcançados.
“Vejo que tem coisas que precisa melhorar. Vejo que a gente tem carências de algumas peças. Isso já foi passado para a diretoria e eles estão cientes e vejo que o trabalho tem margem de melhora”, projetou o técnico do Tigre.