Ele é ortopedista e traumatologista. É professor universitário na Unesc, ortopedista do Centro Especializado em Reabilitação também na universidade e trabalhou no Departamento Médico do Criciúma Esporte Clube entre 1998 a 2015. O Do Avesso desta sexta-feira (16) recebeu Marcelo Emílio Beirão.
Ele tratou sobre a relação entre ortopedia e esporte. “Não existe esportista inteiro. Quanto maior o nível de atividades físicas, maior o índice de lesão. O condicionamento exige dedicação muito grande. Claro que se pegar os atletas de alto nível, ninguém, absolutamente ninguém, tem uma saúde articular em boa qualidade”, afirmou.
O ortopedista revela que é impossível que um atleta de alto nível tenha sua saúde articular perfeita, mesmo mantendo cuidados frequentes. “A exigência é muito acima da função articular. É muito acima do que a nossa saúde articular foi feita para resistir. A sobrecarga mecânica é muito grande e, consequentemente, o índice de lesão é muito grande”.
No futebol
O médico que atuou por quase 20 anos com futebol, afirma que não se pode ser torcedor. “Temos que ser profissionais, temos que ser médicos. Aconteceu duas vezes, num jogo de fim de campeonato e eu me perguntei: Como deixar o cara fora do jogo? Mas infelizmente, tive que deixar. Dói no coração quando o atleta quer jogar, mas não pode”, contou.