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Não por moda, mas por necessidade, máscaras tomam as ruas

De todos os modelos e cores, item é cada vez mais usado pelas pessoas, tornando-se fonte de renda para outras

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 13/04/2020 - 17:34
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito

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Não por moda, mas por necessidade, as máscaras tomaram as ruas. Tem para todos os gostos, desde as tradicionais brancas, até as coloridas, estampadas, com lantejoula, com regulagem, entre tantas outras características. 

O incentivo ao uso de máscaras dado pelo Governo do Estado aliado à crise gerada pelo coronavírus, fez muitas pessoas se reinventarem e buscarem novas alternativas de renda, e um deles tem sido a produção deste item, indispensável durante a pandemia.

Um desses é o empresário, Fabrício Marcílio que, já no início da pandemia criou a empresa Empresa Maskra Personalizada. Da de Segurança do Trabalho, ele encontrou na fabricação de máscaras uma saída de obter renda extra e evitar a demissão de funcionários. “O meu setor foi um dos mais atingidos, e como a minha família também vem do setor têxtil, surgiu a oportunidade. Pelo fato de trabalhar com segurança do trabalho acabou contribuindo também porque consigo entender a necessidade e poder oferecer um produto diferenciado”, relata.

O aumento nas vendas é registrado dia após dia e hoje a empresa já produz em torno de 300 máscaras por dia. “É uma renda extra, acabou não apenas me ajudando, mas todas as seis pessoas que trabalham conosco. Hoje vendemos para todo o estado e entregamos pelos Correios ou motoboy”, explica.

Marcílio destaca que as máscaras seguem todas as normas técnicas da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde e são feitas com tecido 100% algodão e camada dupla. “Não usamos elásticos comuns e as máscaras são com regulagem, se moldando no melhor formato e dando mais conforto à pessoa”, pontua Marcílio, acrescentando que o preço do combo com três peças variam de R$ 30 a R$ 45.

Empresa de Fabrício Marcílio vende para todo o estado 

Especialista na confecção de uniforme escolar, a empresária Elisângela Corrêa Pacheco, viu as vendas da sua empresa, a Vip Line, caírem em meio aos decretos de isolamento social e a consequente suspensão das aulas. Com isso, ela voltou as forças para a produção de máscaras. Porém, não para a venda unitária, como faz Fabrício Marcílio, mas em grandes quantidades para empresas distribuírem aos funcionários, farmácias e até hospitais.

A projeção para a semana é a fabricação de mais de 100 mil unidades, sendo que até agora a empresa já confeccionou em torno de 200 mil. “Somente hoje (segunda-feira), fizemos uma entrega de 70 mil. Na sexta-feira passada, 10 mil para uma farmácia e no sábado 5 mil para outra”, revela.

A produção para farmácias precisa seguir uma série de normas, entre elas está tipo de tecido que é descartável. 

Proteção para todos

Na semana passada, uma portaria publicada pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) obriga funcionários de empresas que trabalham com atendimento ao público e estão com a atividade utilizem máscara de tecido. Conforme a portaria, as máscaras devem ser substituídas a cada quatro horas (duas horas no caso de pessoa com tosse ou espirros frequentes) ou no momento em que ficarem úmidas, o que ocorrer primeiro.

Os estabelecimentos também estão obrigados a publicar, em local visível, quais são as regras que precisam ser adotadas no local. A obrigação também se aplica aos motoristas de táxi ou transporte por aplicativo. Estes devem, além de usar máscara, manter as janelas do carro abertas, intensificar a limpeza do veículo e do sistema de ar condicionado e disponibilizar álcool 70% no interior do automóvel. A portaria também traz recomendações para os cidadãos que precisam sair de casa. Entre elas está o uso de máscara no caso de necessidade de sair de casa, higienizar as mãos com álcool 70% sempre que possível, não tocar na máscara e não compartilhar uso de objetos como dispositivos eletrônicos e canetas. 
Na região, cidades como Içara e Braço do Norte já obrigam todo cidadão a usar a máscara sempre que sair de casa. 

Revenda

Com a volta do comércio de rua, Fábio Martignago, que têm três lojas incluiu u novo item ao seu mix de produtos: a máscara. No estabelecimento localizado na Praça Nereu Ramos, ele mesmo oferece as peças para quem passa pelo local.  “Durante o protesto dos comerciantes na semana passada, conheci uma moça que produz. Me interessei e levei para as minhas lojas”, lembra o lojista, acrescentando que está vendendo cerca de 100 peças por dia e ainda faz promoção. “Uma sai por R$ 7 e duas por R$ 10. Geralmente as pessoas levam duas. Temos branca. Preta, coloridas e de criança, que vendem muito bem”, comemora. 

No centro de Criciúma, máscaras são encontradas por R$ 7

Cuidado ao produzir

O pneumologista Renato Piucco Matos faz alguns alertas sobre as máscaras. A primeira delas é o cuidado com o tipo de tecido utilizado. “Existem alguns tecidos especiais, por isso é preciso seguir algumas recomendações. Dependendo o tecido, não evita que as gotículas que transmitem o coronavírus não são filtradas”, comenta.

Outro ponto ressaltado por Matos é que as pessoas não devem esquecer os outros cuidados mesmo usando máscara. “Às vezes as pessoas acham que simplesmente o uso da máscara protege, mas é fundamental manter as outras medidas”, pontua.

Tecidos indicados para a produção de máscaras:

 

Saco de aspirador;

Cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%);

Tecido de algodão (como camisetas 100% algodão);

Fronhas de tecido antimicrobiano.

Tags: coronavírus

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