Alejandro Enrique Garaschenco, mais conhecido como Sacha, foi o entrevistado do Nomes & Marcas deste sábado (10) na Rádio Som Maior. Nascido na Argentina, o músico adotou o Sul de Santa Catarina para sua vida. De 66 anos, 33 ele viveu em Santa Catarina.
O apelido surgiu na escola por conta de suas origens. “O pessoal descobriu que eu sou de origem ucraniana e o apelido de todos os Alejandros na Rússia, é Sacha”, contou o músico. Além da Ucrânia, suas origens também vêm da Alemanha.
Ouça a entrevista completa com Alejandro Enrique Garaschenco (Sacha):
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O avô ucraniano e a avó alemã, fugindo da guerra, se encontraram em Buenos Aires, na Argentina. “Então nasceu meu pai, que conheceu minha mãe, nativa argentina, e saiu essa coisa aqui que sou eu!”, brincou Sacha.
Interesse pela música começou cedo
A mãe era do lar e o pai atleta, além de seguir com os negócios da família. Vindo de uma linhagem de gráficos, Sacha aprendeu o serviço desde os 12 anos, sendo, inclusive, o primeiro emprego que exerceu ao chegar no Brasil. Na família, nunca teve influências para se tornar músico.
“Teimosia minha. Eu me criei em uma casa que tinha um piano na sala, mas era decorativo, minha mãe não me deixava tocar. Então tinha que esperar que todo mundo saísse de casa para brincar no piano”, lembrou o artista. “Quando eu tinha nove anos, ganhei um violão. Aí foi mais fácil, porque minha mãe me mandava tocar na rua com o violão, ela não aguentava!”, ironizou.
Aos 14 anos começou a tocar em bandas de bairro, aos 15 já fazia trabalhos mais profissionais e, depois disso, nunca mais largou a música. Na época, na Argentina não existiam bandas cover, os músicos precisavam de músicas próprias, o que limitava o trabalho e o crescimento profissional. Por esse e outros motivos, Sacha se mudou para o Brasil.
“Os músicos na Argentina falavam ‘você nunca foi ao Brasil? Se tu for pra lá, não volta nunca mais, é a ilha das fantasias para os músicos!’. E dito e feito. Quando eu tinha 33 anos, peguei meu violãozinho e vim ver como era. Só voltei para pegar minhas coisas”, recordou o músico.
Hoje, Alejandro quase não canta. Vive em Laguna, onde trabalha consertando instrumentos musicais. O que, segundo ele, é mais rentável. “Agora eu fiz meu nome e recebo instrumentos de todas as cidades de Santa Catarina”, finalizou.