Em Santa Catarina o comércio de rua voltou a poder abrir as suas portas a partir da última segunda-feira, 13, após novo decreto do governador Carlos Moisés. Shoppings, galerias e centros comerciais, no entanto, ainda estão impossibilitados de retornar às atividades no estado - o que continua preocupando os comerciantes.
“Nosso sentimento é de discriminação, porque como que um supermercado pode atender as pessoas e um shopping não? O que eles têm a mais de segurança que a gente não possa também fazer? Estamos lutando”, disse a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, Andrea Salvalaggio.
Para a CDL, a reabertura do comércio de rua foi um grande passo a ser dado - mas ainda é o primeiro. A Câmara de lojistas ainda busca abrir os shoppings e centros comerciais, assim como, futuramente, os bares, restaurantes, eventos e, também, o transporte público. “Entendemos que abrir o comércio sem o transporte público é muito difícil”, pontuou a presidente.
Andrea destaca o anseio por parte dos comerciantes para a reabertura dos comércios em Criciúma, mas ressalta a necessidade e a obrigação do cumprimento das orientações de prevenção ao novo coronavírus. “Não estamos querendo abrir de qualquer jeito. Por mais difícil que possa parecer para o lojista, queremos cumprir todas as recomendações que o Ministério da Saúde (MS) vem pedindo, sabemos a gravidade do problema. mas não dá para entender essa discriminação que está acontecendo entre um setor e outro
”, disse.
Apesar da reabertura do comércio de rua, percebe-se ainda um receio por parte dos consumidores e dos próprios comerciantes frente ao momento da pandemia, o que faz com que, por mais que estejam abertos, os estabelecimentos não tenham tanta procura quanto costumavam ter no período pré-crise. Para Andrea, este é um momento de união em que o cidadão deve, também, ajudar o comerciante.
“Pedimos ao cidadão consumidor da região que comecemos a comprar, a valorizar os nossos produtos e também os nossos profissionais. Não pensar somente em nós, vamos tentar olhar para quem está do lado da gente”, concluiu a presidente da CDL.