Comemora-se nesta terça-feira, 14, o dia mundial do café. O que popularmente se houve falar é que a bebida, companheira fiel de jornalistas, programadores e muitos dos trabalhadores que passam horas em frente a computadores, papéis e documentos, é um “gás para que os profissionais possam focar e concluir os seus trabalhos. Mas, afinal de contas, o café ajuda mesmo na produtividade?
Graduada em nutrição e mestre em ciências da saúde, a professora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Maria Cristina, explica que o café tem seus benefícios e malefícios, podendo ser um estimulante para uns enquanto, para outros, pode ser motivo para uma dor de estômago.
“Para a grande maioria o café tem uma absorção de 15 à 45 minutos, o que já dá aquele efeito de melhor concentração e a sensação de ficar mais ligado que, às vezes, dura mais do que sete horas. A cafeína pode contribuir para que a pessoa se sinta mais aberta e concentrada para ler e estudar, e por isso caiu na graça do mundo, ainda mais para nós da região sul e sudeste, que é mais fria”, comentou a professora.
Quanto mais forte for o café, maior será a concentração de cafeína e, também, mais ácida será a bebida. A recomendação, de acordo com Maria Cristina, é de que o consumo de café por dia não seja superior a quatro xícaras. “Tem que ter cuidado porque às vezes muitos tomam mais do que quatro xícaras por dia, sendo esse o número limite. Para algumas pessoas com sensibilidade a cafeína, basta tomar duas xícaras por dia para ter um desconforto gástrico, dor de cabeça e até enjoo”, pontuou.
Algumas pessoas, segundo a doutora, são mais resistentes a bebida, podendo tomá-la antes mesmo de dormir e não ter nenhum problema para adormecer durante a noite. Já para outros, o café pode ser motivo para problemas de sono. “Como o efeito da cafeína pode durar de 8 até 13 horas, muitas pessoas não podem tomar café depois das 16h, já que acabam tendo problemas com insônia”, disse.
Para aqueles mais sensíveis a cafeína, o café coado pode acabar sendo uma melhor solução - já que a propriedade acaba sendo diluída um pouco no papel do coador. O café com leite, por sua vez, também ameniza um pouco os efeitos da cafeína. Já o expresso acaba sendo um dos mais "fortes", na concentração da propriedade.