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O drama dos pescadores durante a pandemia do coronavírus

Trabalhadores aguardam pelo auxílio emergencial e também pelo defeso, o qual está atrasado para muitos

Por Paulo Monteiro Balneário Rincão - SC, 28/04/2020 - 17:30 Atualizado em 28/04/2020 - 17:31
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Assim como a grande maioria dos trabalhadores e comerciantes, os pescadores também ficaram um bom tempo sem poder exercer as suas funções em Santa Catarina, devido aos decretos de suspensão de atividades no estado como prevenção do novo coronavírus. Autorizados a pescar de arrasto desde o dia 10 de abril, os trabalhadores aguardam pela abertura da pesca da tainha, mas enfrentam dificuldades para se manter neste período.

Uma das maiores dificuldades encontradas até então é a obtenção do Seguro Defeso, que é pago ao pescador quando este fica proibido de exercer a sua atividade durante o período de defeso de determinada espécie. “Muitos pescadores não receberam o seguro da anchova e do bagre, que era para ser pago até o dia 31 de março e não foram pagos”, destacou o presidente da Colônia de Pescadores do Balneário Rincão, João Picolo.

A justificativa das autoridades, segundo João, é de que o INSS não tem gente o suficiente para atender os pescadores e analisar os seus processos, que faz com que estes fiquem parados. O auxílio emergencial de R$ 600 é outro drama enfrentado pelos trabalhadores neste período, já que estes ainda não estão aptos para o benefício.

“Muitos pescadores não tem condições de fazer a inscrição. Estamos auxiliando na Colônia para que todos possam acessar o programa mas uma hora é uma coisa e outra hora é outra, não tem condições de acessar. Para muitos está liberados e para outros não, não tem dinheiro nos caixas, nas contas dos pescadores”, declarou João.

O projeto que inclui os pescadores nos beneficiários do auxílio emergencial foi aprovado recentemente pelo senado, mas ainda resta ser sancionado pelo presidente da república. Enquanto isso, os trabalhadores aguardam a abertura da pesca da tainha no dia primeiro de maio, para então retornarem a orla e venderem os seus produtos.

“Assim que abrir a pesca, dia primeiro, com certeza vão abrir a venda na orla também. Não tem como ficar fechada a questão da venda para comercialização, se não vai ser um caos. No momento a venda não está acontecendo, só se pode vender depois que abrir no início de maio”, ressaltou o presidente da Colônia.
 

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