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O exemplo do Espírito Santo, que está recebendo pacientes catarinenses

Estado deve atender pelo menos 16 pacientes de Covid-19 de Santa Catarina

Beatriz Coan/Marciano Bortolin Vitória, ES, 03/03/2021 - 14:21 Atualizado em 03/03/2021 - 14:24
Foto: Divulgação
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Em janeiro, Santa Catarina recebeu pacientes de Covid-19 transferidos do Amazonas, devido ao colapso no sistema de saúde do estado do Norte. Agora, quem precisa do auxílio são os catarinenses. Nesta quarta-feira, 3, iniciou a transferência de pelo menos 16 pessoas que devem receber assistência médica no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, no município da Serra, região da Grande Vitória. 

O primeiro transporte foi feito pelo avião do Corpo de Bombeiros, que saiu por volta das 8h30min de Florianópolis e chegou às 9h45min em Chapecó, no Oeste, região com maior fila de espera no estado. A aeronave decolou da cidade às 10h50min com um paciente de 34 anos.

O secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes de Medeiros Junior, falou ao programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, que o estado foi um dos primeiros  do país a ter certificado com Covid-19. “Nós somos um estado muito compacto, de 46 mil quilômetros quadrados, praticamente temos somente duas grandes regiões, que nós definimos pela Grande Vitória, um conjunto de quatro municípios conurbados, e o interior do estado, muito bem comunicado, com grande interação e fluxo rodoviário, onde, ao longo do ano passado, tivemos dois grandes momentos de expansão da doença, então ainda na última semana de janeiro do ano passado nós tivemos a nossa primeira reunião do comitê de especialistas e em fevereiro já decidimos uma estratégia, prevendo que nos meses de maio e abril haveria uma fase de aceleração possível da doença e em março foram dadas as ordens de serviço para a construção de muitos leitos na rede própria do Sistema Único de Saúde, ao ponto de que nós chegamos a 715 leitos de UTI disponíveis também para pacientes com Covid-19. Ao final de julho vivemos uma fase de recuperação da curva de casos que o Espírito Santo viveu a partir da segunda quinzena de abril e tivemos a previsão de que seria possível que o país e o estado vivessem este tipo de abertura e fechamento e com novas variações da pandemia”, salientou.

Elei contou que foi neste momento que foi previsto que no final de novembro haveria um comportamento de nova onda de casos no Espírito Santo quando, mais uma, houve a mobilização de leitos para atender os pacientes. “Chegamos a 694 leitos e em dezembro, fazendo análise da sazonalidade das curvas de síndrome respiratórias agudas graves, percebemos que nove estados do Brasil apresentavam o aumento. Foi quando nós atualizamos novamente a estratégia de expansão de leitos e decidimos as novas obras nos hospitais públicos do estado para, novamente, ampliar e chegar a ter 900 leitos de UTI disponíveis somente para pacientes de Covid 19. Antes da pandemia, o SUS contava com 660 leitos de UTI, sendo 360 na rede pública estatal e 300 na rede filantrópica. Hoje contamos com 1.258 leitos e chegaremos no total a mais de 1,4 mil, somando toda a rede pública, estatal, filantrópica e a privada credenciada”, falou.

Além dos leitos, a mpla testagem

Além da ampliação dos leitos de UTI, o estado também investe na testagem da população.  Para isso, o secretário lembrou que há uma rede de laboratórios privados credenciados para fazer. O nosso laboratório central é capaz de fazer 3,5 mil testes por dia e estamos incorporando o teste de antígeno, que é capaz de diagnosticar a doença na sua fase aguda para fazer um rastreamento qualificado e poder romper a cadeia de transmissão no estado. Criamos uma agenda de resposta rápida da atenção primária para poder mobilizar todo o primeiro nível de acesso a questão da saúde para termos um diagnóstico precoce, uma capacidade qualificada de isolar os pacientes e também tivemos uma grande expansão do Samu que iniciou no ano passado”, citou.

O início da pandemia

No início da pandemia, lembrou Medeiros, o Governo do Espírito Santo implementou diversas medidas que objetivavam o achatamento da curva para ganhar na busca por mobilizar a preparação assistencial. “No entanto, em nenhum momento chegou ao lockdown. Nós tivemos no início alternância nos dias de comércio, mas a partir de abril nós adotamos uma matriz de risco que passou a cruzar dados de casos ativos, de óbitos, de testagem, da ocupação hospitalar, e ela determinava de acordo com a quantidade de casos e o percentual de ocupação hospitalar no estado, o risco de cada município, e ai um nível alto, baixo, médio e extremo, ele recebia medidas qualificadas para cada risco, então nós temos essa matriz de risco adotada desde abril do ano passado e ela vem orientando o comportamento e o conhecimento da doença em cada município e as medidas que se aplicam. Nós temos restrições ao comércio no funcionamento do fim de semana, no domingo, nos períodos noturnos, temos proibidos os shows e boates desde o início da pandemia, os eventos foram proibidos até setembro do ano passado, dependendo do grau de risco da cidade eventos são proibidos ou com limitação de pessoas”, relatou.

O secretário concluiu a entrevista falando da vacinação no estado. “Infelizmente o país não decidiu pela compra de todas as ofertas de vacina que foram apresentadas ao longo do ano passado e nós, neste momento, infelizmente somente conseguimos alcançar 3% da população imunizada com a primeira dose. Então vamos enfrentar esse comportamento da doença, essas novas acelerações da doença no país com as mesmas condições que nós tínhamos no ano passado”, finalizou.

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