As redes sociais já foram ferramentas cruciais, decisivas e até mesmo polêmicas nas últimas eleições presidenciais do Brasil e dos Estados Unidos. Em 2020, acontecerá as eleições municipais e as mídias digitais prometem ter um impacto tão grande quanto o de 2018 - ainda mais em um período de isolamento social devido ao novo coronavírus.
“Se antes a gente já tinha uma expectativa muito alta da campanha eleitoral nas redes sociais por conta das eleições passadas, agora com a pandemia virou essencial que o candidato saiba se preparar para fazer uma comunicação precisa nas mídias”, destacou a publicitária e especialista em marketing, Alessandra Koga.
O envio em massa de mensagens e as fake news marcantes nas últimas disputas eleitorais fizeram com que as redes sociais se adequassem, também, para as novas eleições. “As próprias redes estão fechando o cerco, ficando cada vez mais criteriosas na hora de liberar a plataforma para os candidatos fazerem as suas campanhas”, afirmou Koga.
Em relação às notícias falas, o próprio Facebook vem barrando essas informações em sua rede neste período de pandemia, algo que, segundo Koga, pode ser um teste para o futuro. “Quando vier as eleições eles devem colocar isso em prática e conseguir determinar o que é e o que não é uma inverdade, ou quando um político passa do ponto”, disse.
As publicações pagas para serem impulsionadas nas redes sociais, quando eleitorais, contam com o nome do político e o CNPJ da campanha logo abaixo do post - para fácil identificação. Além disso, a boca de urna não é proibida somente no meio físico, já que fazer campanha em rede social própria no dia das eleições, também é proibido e passível de denúncia.
Utilizar de outras redes
O TIK TOK é uma rede social que vem ganhando bastante destaque no país durante este período de quarentena, rendendo centenas de milhares de engajamentos por parte dos brasileiros. A ferramenta pode ser uma opção até mesmo para os políticos - caso estes saibam como utilizar.
“É válido você ir para o TIK TOK se o seu perfil de eleitor estiver ali. Não adianta você ter um perfil de eleitor mais velho, até mesmo pelas causas que você defende na campanha, e ir para lá. Se for um eleitorado jovem e você tiver desenvoltura para ir e não pagar mico, pode ir”, afirmou a publicitária.