O presidente da ACTU, Everton Trento, lamentou e criticou a decisão do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), em prorrogar a paralisação do transporte coletivo. “Aquilo que vinhamos falando aconteceu. Não temos confiança no governador. A situação ficou muito delicada. Teremos uma reunião amanhã (quinta-feira) dos empresários para definir o rumo a ser tomado”, destaca.
Trento diz ainda que lhe causa estranheza o fato de outros segmentos terem sido liberados. “Abre indústria, construção, igrejas. Como vai fazer o transporte destas pessoas para as suas devidas atividades? O posicionamento dele é que o transporte é o causador. Mas daí as pessoas vão de transporte clandestino. Nós temos uma estrutura para fazer com mais segurança. Com uso de máscara, não podemos, mas os outros podem e ninguém está controlando nada”, enfatiza.
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O presidente da ACTU diz também que o que está evitando demissões é a Medida Provisória do Governo Federal que permite a redução de jornada e suspensão de contratos. “A partir do encerramento desta medida provisória vamos fazer o que? Como vai gerar recurso para indenização dos nossos colaboradores em caso de demissão. Ele poderia dar uma olhada, não quero me enganar, mas Santa Catarina é o único estado que não tem transporte coletivo. Os outros todos têm, com alguma restrição, mas têm. Ele não conversa conosco, não nos atende, não quer saber de nada, toma a decisão e segue o barco. Em todos os meus anos de empresa nunca vi algo do tipo. Temos conversado com os nossos colaboradores e se nós estamos desesperados imagina eles? Sabendo que estamos sem faturar e sem condições de fazer o pagamento?”, questiona.