A questão da segurança nas escolas passa por diversos agentes. Após a tragédia da creche em Blumenau, representantes da educação, lideranças políticas e forças de segurança tratam diariamente sobre o assunto a fim de elaborar estratégias para combater a violência nesses locais.
Para a coordenadora regional de Educação em Criciúma, Ronisi Guimarães, ações têm sido feitas para estreitar laços entre a escola, pais e filhos, para dar a segurança emocional às crianças e aos adolescentes. "Nós estamos em uma força-tarefa para, principalmente, mostrar aos nossos alunos, professores e comunidade escolar que a culpa não é da escola. O problema não é na escola. Poderia ter acontecido em outros lugares", afirmou.
No último sábado (15), foi realizado o Dia da Família em aproximadamente 50 escolas da região. "Foi um grande sucesso. A família esteve lá em peso. Esse é o nosso pedido, nesse momento, enquanto educadores. Nós precisamos mostrar para nossas crianças e jovens que a escola é sim um lugar sagrado do saber, onde ele será acolhido e protegido. O pai, mãe, avó e tio têm papéis muito importantes nesse sentido", contou.
A educação básica atende três estágios diferentes da vida da criança e adolescente, da educação infantil, passando pelo ensino fundamental, até o ensino médio. Por isso, é fundamental estar atento a cada fase. De acordo com Ronisi, a coordenadoria regional possui o Núcleo de Prevenção à Violência (Nepre) que é composto por psicólogos e assistentes sociais.
"À medida que a criança cresce, vai criando uma autonomia e é natural que ela faça algumas coisas sozinhas. Principalmente, os nossos adolescentes, pedimos para que os pais olhem a mochila, as conversas que eles têm nas redes sociais, quem são os amigos dos nossos filhos, quais são os sentimentos. Sabemos que é natural o afastamento durante a adolescência", ressaltou. Na última semana, um aluno foi flagrado com uma faca na mochila em uma escola de Criciúma.