O que fazer para não cair em golpes digitais?

Da clonagem de WhatsApp ao falso acesso ao Auxílio Emergencial do governo. Os golpes digitais estão ficando cada vez mais comuns no Brasil, impulsionados ainda mais por um período de quarentena em que as pessoas ficam mais ansiosas por auxílios financeiros e novidades sobre o coronavírus. A publicitária e especialista em mídias sociais, Alessandra Koga, destaca algumas ações importantes para evitar esses golpes digitais. 

De acordo com o laboratório de segurança digital do PSafe, até o final de março, mais de 4,5 milhões de brasileiros já haviam acessado links falsos sobre o coronavoucher. É através de muitos desses links fraudulentos que as pessoas acabam cadastrando informações pessoais - algo nada recomendado. 

“Temos que tomar muito cuidado onde colocamos os nossos dados. Na clonagem de WhatsApp, por exemplo, os golpistas estudam as vítimas muito tempo antes, pegam pessoas em que é fácil de se achar informações no google e vão estudando e criando perfis. Uma hora eles vão conseguir achar o CPF ou outra informação, então ligam na operadora solicitando, de posse de seus dados, um novo chip”, destacou a Koga.

Para tentar minimizar esses golpes, pelo menos através do WhatsApp, pode-se ativar a opção “configuração em duas etapas”. “Você vai em configuração no app, depois conta e ativa a configuração em duas etapas. Então você cria uma senha e toda vez que tentar mudar o WhatsApp de aparelho, será pedida essa senha”, comentou.

Quanto aos links recebidos por e-mail ou via mídia sociais, deve-se haver um certo cuidado na hora de acessar - já que muitos desses podem ter vírus. “O vírus tem a função tanto no computador quanto no celular de atrapalhar o funcionamento do seu aparelho. Alguns até de monitorar o seu comportamento acessando informações”, disse a publicitária.

“No final das contas os golpistas querem informações para efetuar transações financeiras, acessar sites, enviar mensagens e até abrir empresas fantasmas e contas bancárias”, concluiu Koga.