Perdido em meio a presentes, festas e decorações, está o verdadeiro significado do Natal. Para os cristãos, o dia 25 de dezembro vai muito além disso. As festas de fim de ano, reuniões familiares, presentear parentes e amigos também fazem parte da tradição cristã, mas, o que a Igreja nunca deixa morrer é o motivo da celebração: o nascimento de Jesus Cristo.
“O significado do Natal é este: o amor de Deus por nós”, lembra o coordenador diocesano de Pastoral da Diocese de Criciúma, padre Jonas Emerim Velho. “Para nós, é uma grande festa, porque celebra o filho de Deus que se fez carne para salvar a humanidade. A grande prova do amor de Deus pela humanidade é quando Ele envia seu filho ao mundo, nascido da carne humana, se fez pequeno, humilde, para se aproximar de todos nós”, completa.
Presépio: “O mundo inteiro que se inclina diante de um menino”
Na celebração do Natal, o presépio é uma antiga tradição para os católicos. Segundo o padre Jonas, o primeiro presépio teria sido montado por São Francisco de Assis, que resolveu encenar a cena do nascimento de Jesus. Cada peça exposta tem um significado: os animais, a estrela representando os astros, e as pessoas – representadas pelos Três Reis Magos, Maria e José –, todos reverenciam o Menino Jesus.
“Tudo isso vai simbolizando o mundo inteiro que se inclina diante de um menino, de um menino recém-nascido que é o filho de Deus feito carne, feito homem para a nossa salvação. Esse é o profundo significado do presépio. E procura relembrar toda a simplicidade, a pobreza em que Jesus nasceu. Que, naquele momento, foi o melhor que José pôde oferecer a Maria, sua esposa, e ao menino nascido”, destaca o coordenador diocesano.
“Nossa fé é tão bela, não precisamos de superstições”
Em meio às festas e comemorações, surgiram as crendices de Natal, mais conhecidas como superstições. No caso dos cristãos, não há necessidade de segui-las, justamente, por se referirem à forças que estão acima da natureza. Fé e superstição são coisas bem distintas. O Padre Jonas frisa que é importante seguir a Deus através da simplicidade.
“Nossa fé é tão bela, não precisamos de superstições”, ressalta Emerim. “Jesus veio ao mundo, nasceu humano, como nós, e assumiu tudo que é próprio da nossa condição humana. Deus nos entende, porque ele viveu tudo que é próprio da nossa humanidade. Se Deus veio a nós por um caminho de simplicidade e pequenez, também é por este caminho que nós chegaremos a Ele”, acrescenta.
“Alegria pela grande festa que estamos celebrando: o nascimento de Jesus!”
Por isso, é importante lembrar que, para os cristãos católicos, o Natal, além de fé e reflexão, também é festa e alegria. Participar da Santa Missa de Natal, mais conhecida como Missa do Galo, é imprescindível. Essa é a melhor forma de celebração, mas a festa e reunião da família são indispensáveis.
“Também é festa, é alegria! Por isso, tem que ter comida, tem que ter presentes, tem que ter árvore de Natal, presépio, tem que ter gente reunida, tudo isso é festa, manifestação de alegria pela grande festa que estamos celebrando: o nascimento de Jesus!”, conclui o sacerdote.