Doriva saiu, mas o fraco poder ofensivo do Criciúma parece não ter ido embora com o treinador. Diante da Chapecoense, o Tigre voltou a desempenhar um futebol não muito diferente do que vinha acontecendo com o antigo técnico. Teve a posse de bola na maior parte do tempo, mas chegou poucas vezes ao gol. E Wilsão, assim como Doriva, reclamou da falta de finalizações.
“Tivemos 64% de posse de bola. Faltou agredir mais ela nas cruzadas na área, o que comprometeu o resultado”, justificou o técnico interino. Foi o fator determinante para o Criciúma acumular mais uma derrota na competição estadual. E Wilsão bem que tentou fazer com que a história da partida fosse diferente. “Falei para entrar na área e fazer o gol. Tinhamos que chegar com quatro jogadores. E não com um”, analisou.
“Todos que acompanham o Criciúma desde o primeiro jogo vê que dominamos os jogos. Estamos com essa dificuldade (de finalizar). E não é por falta de treino. Fazemos infiltração, jogadas pelo lado para criar e infelizmente não está acontecendo”, disse Wilsão.
Ele também voltou a comentar a necessidade de um homem de referência dentro da área. Aquele centroavante para mandar para a rede. “Temos a convicção que nos próximos dias reforços vão chegar para ajudar a equipe nisso. Hoje temos o Pedro (Bortoluzo) específico na função. Ele teve algumas dificuldades no começo mas acredito que vai se recuperar durante a temporada”, afirmou o técnico interino.
O camisa nove nem foi para o jogo. Ficou no banco de reservas apenas. “Hoje (ontem) optamos por outras opções para mudar algo e dar oportunidades para outros atrelas”, alegou. Um desse jogadores foi Marcinho Júnior. O treinador tirou Jean Mangabeira e colocou o meia-atacante improvisado como centroavante, na esperança de mandar a bola para a rede.
“Eu pedi para ele jogar como nove. A bola chegou a cair no pé dele em um momento e acabou escapando. Poderia ter feito o gol”, observou Wilsão.