Exaltar a figura feminina e suas características, físicas e psicológicas. Esse é o intuito da Expo Elas, mostra que foi aberta na noite de ontem e que permanecerá até o dia 5 de maio no Nações Shopping, em Criciúma.
Em exposição estão os trabalhos dos artistas plásticos Edi Balod, Dudu Rodrigues, Ricardo Herok e Bruno Alvares. Cada obra é um retrato das técnicas dos seus criadores e de como eles percebem e sentem o mundo feminino. A exposição faz parte do projeto Elas, do Jornal A Tribuna, Rádio Som Maior e portal 4oito.
“A exposição está muito bonita. São obras feitas especialmente para o Expo Elas e é uma bela homenagem construída por artistas altamente qualificados. O resultado me surpreendeu, ficou melhor ainda do que eu esperava”, diretor geral do A Tribuna, Som Maior e 4oito.
O analista de marketing do Nações Shopping, Erick Gregório, comenta que é uma felicidade poder realizar esse tipo de parceria. “Nós ficamos muito contentes em receber uma exposição de artistas tão renomados de Criciúma e região. O shopping sempre fomenta os eventos culturais e o projeto Elas é uma parceria fantástica”, declara Gregório.
Mistura do ontem e do hoje
O público que visitar a exposição – que é gratuita – perceberá que as obras retratam mulheres que viveram em épocas passadas e também mulheres atuais. Juntos, os trabalhos se complementam e contam uma história.
Edi Balod conta que a inspiração para a sua instalação artística veio da sua mãe, Ana Frida. “Quando eu soube da temática mulheres eu me empolguei muito, o espaço aqui também possibilitava algo diferenciado e eu me inspirei na minha mãe, que foi uma das primeiras comerciantes da cidade. Ela também foi uma das primeiras mulheres que usaram bicicleta na cidade e, por isso, eu trouxe a bicicleta”, relata.
Também fazendo uma referência às mulheres de antigamente, Balod levou objetos como uma penteadeira, uma namoradeira e colchas feitas de tricô e de retalhos. “As colchas representam os presentes que as avós faziam para as netas quando elas casavam, era uma forma de perpetuar o respeito, os laços com a família”, afirma.
Quem também se inspirou na família foi Herok. Ele conta que, ao conversar com Balod, percebeu que as obras do colega já retratariam a geração de sua mãe e resolveu, então, homenagear suas duas irmãs em seus quadros feitos para a exposição.
“As minhas irmãs, uma é caminhoneira e a outra é tatuadora. Elas são mulheres modernas, para frente, representam essa mulher de hoje, que conquistou o espaço que é dela por direito. Eu busquei transmitir isso com o uso das cores”, explica Herok.
Beleza das cores
As cores são, ainda, uma constante dos quadros expostos por Dudu Rodrigues. Elas tratam, segundo o artista, da alegria que é relacionada à figura feminina. “Eu tenho a minha série, Gordinhas e Gordinhos, e nestas obras eu retratei uma youtuber da cidade, mas não fiz ela em formato gordinho, eu usei as cores para me inspirar”, afirma.
“Nas minhas obras a maior referência já é realmente a mulher, a beleza da mulher, seja ela magrinha, gordinha, negra, japonesa, isso não importa, cada uma tem a sua beleza. E a mulher, ela tem várias caixinhas na cabeça, em cada uma ela tem um problema, mas ao fim do dia ela consegue resolver todos eles, assim é a mulher”, declara Rodrigues.
Coloridas são também as obras de Bruno Alvares, mas, para ele, é cada pessoa que define o que representa a sua arte. “O meu trabalho sempre foi voltado para o retrato, usando cores, elementos, texturas, é uma mistura de tudo que me traz emoção. Mas a arte é muito subjetiva, as pessoas que observam é que podem criar o seu conceito do que representam os quadros”, comenta Bruno.