O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) deu um prazo de 90 dias para que todo o processo de transição de um governo para o outro fosse concluído. Estão inclusos nesse processo os cargos de confiança nas regionais e o fim das Agências de Desenvolvimento Regionais, as ADRs.
Somando esses cargos, que são classificados como de confiança, na regional de Criciúma chega-se a 14 nomes a serem indicados. Não quer dizer que haverá mudanças em todos. O primeiro nome a ser indicado e assumir o cargo foi Vitor Bianco Júnior como delegado regional. Ivaldo Gregório Inácio foi quem deixou a função. A responsabilidade pela indicação é sempre do delegado-geral de Santa Catarina. Paulo Koerich foi o escolhido por Moisés para assumir essa função.
Não está somado a esses 15 cargos o de secretário regional, já que a extinção das ADRs está agendada para o último dia de abril. Mas devem permanecer as gerências de Educação (Gered) e de Saúde (Gersa), estruturas anteriores às regionais.
Por enquanto, Fernando de Fáveri segue à frente da Gersa e Jucilene Fernandes na Gered. Fernando, que desenvolveu um trabalho reconhecido nos últimos anos, já recebeu manifestação de apoio para que permaneça. O deputado federal eleito Daniel Freitas (PSL) recebeu um abaixo-assinado dos funcionários da Gersa pedindo a permanência do atual gerente. O pedido foi para que o documento fosse entregue ao governador.
Até o momento, não há nenhuma definição por parte das gerências, assim como dos demais cargos, como o Departamento de Infraestrutura (Deinfra), ocupado nos últimos anos por Lourival Pizzolo; Celesc por Enaldo dos Santos; Casan por Vilmar Bonetti; Instituto de Meio Ambiente (IMA) por Felipe Barchinski; a regional da Receita Estadual por Robson Gotuzzo e na Defesa Civil está Rosinei da Silveira. Tem ainda o gerente do SC Saúde.
Na área da segurança pública, mais precisamente na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros, também há possibilidade de mudanças. O comando da 6ª Região da PM é ocupado pelo coronel Cosme Manique Barreto e o do 9º Batalhão de Criciúma pelo tenente-coronel Cristian Dimitri. Nesses casos, há menor chances de troca, já que coronel Araújo Gomes permaneceu à frente do Comando-Geral da PM de Santa Catarina. No Corpo de Bombeiros, o comando da regional de Criciúma é do tenente-coronel Gustavo Campos.
Nas empresas estatais ligadas à agricultura, a regional da Epagri é de Fernando Preve e da Cidasc, de Eduardo Damineli Pesenti.
Desde que iniciou a montagem de seu secretariado, o governador Moisés priorizou duas situações. A primeira é que escolheria perfis técnicos e a segunda é que os secretários é que seriam os responsáveis para o preenchimento das vagas em suas respectivas pastas e que esse processo poderia levar até 90 dias.
Os nomes do primeiro escalão foram os primeiros a ser anunciados e não houve nenhuma resistência, porém de semana passada para cá dois nomes caíram após críticas da base do PSL. O primeiro foi Tiago Savi Mondo, anunciado por presidente da Santur na quinta-feira e pedido de saída no sábado. Alguns dias depois foi a oficial da Polícia Militar Edenice Fraga, que não assumiu a coordenadoria de Igualdade Racial, ligada à Secretaria de Assistência Social. O motivo, nos dois casos, foi posicionamento político no período eleitoral.