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Criciúma voltará a ter oportunidade de receber um espetáculo de alcance internacional que é parte de uma grande causa social. Crianças que viveram toda a sorte de dificuldades, desde guerras até doenças graves em seu entorno, perdas trágicas de familiares e vivem na orfandade, fazem parte do Coral Watoto, de Uganda, um pobre país africano de onde parte o projeto que faz esses jovens viajarem o mundo cantando.
O Coral Watoto percorre o mundo desde 1994, levando a bandeira dos órfãos e das viúvas, com enfoque na vulnerabilidade social que essas pessoas enfrentam. Uganda trava uma forte batalha, com apoio internacional, contra o avanço da Aids e a miséria que assola boa parte do seu povo. Todas as crianças do grupo são órfãs.
A apresentação, com 1h30min de duração, será gratuita, contará com 17 crianças que vem acompanhadas de monitores e equipe de apoio. A apresentação no Teatro Elias Angeloni será no dia 19 de julho, sexta-feira, às 19h30min. O grupo, vindo de um espetáculo na véspera no município gaúcho de Três Coroas, chegará às 14h30min em Criciúma e os próprios integrantes do Watoto fazem a montagem do espetáculo no teatro. As crianças e seus monitores serão acolhidos nas casas de voluntários da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, que responde pela vinda deles para Criciúma. A visita é rápida. Eles partem no dia seguinte, sábado, com destino a Florianópolis, onde farão exibições nos dias 20 e 21.
A Casa Branca, nos Estados Unidos, e o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, são alguns dos lugares que já receberam as crianças do coral de Uganda.
De onde vem
O coral nasceu da Igreja Watoto, de Uganda, fundada em 1984 na capital do país, Uganda, por Gary e Marilyn Skinner. Na época em que a família Skinner chegou a Uganda o país já vivia o martírio da guerra, com mais de um milhão de mortos por conta de uma sangrenta guerra civil com motivações políticas.
Um episódio marcante da fundação da Watoto foi uma visita que Gary fez a uma viúva de 79 anos, na década de 80, quando ela mostrou um cemitério onde estavam sepultados o marido e seis de seus filhos, todos vitimados pela Aids. Em 1994 foi fundado o Ministério de Assistência Infantil Watoto, que deu origem ao coral com oito crianças órfãs e uma viúva.
