As escolas particulares negociarão diretamente com os pais ou responsáveis dos alunos a possibilidade de desconto da mensalidade durante a pandemia do coronavírus. Cerca de 20 instituições de ensino particular estiveram em reunião com o Procon de Criciúma na noite de quarta-feira, 23, e ficou definido que não haverá política fixa de redução dos vencimentos.
De acordo com o coordenador do Procon de Criciúma, Gustavo Colle, o órgão de defesa do consumidor emitirá uma nota técnica com três recomendações aos colégios. O Procon também continuará na fiscalização para evitar práticas abusivas.
"Que as escolas apresentem um cronograma até o fim do mês de reposição das aulas, como será feito esse cronograma e como vão explicar pras pessoas a reposição desse período de quase dois meses que ficou parado. Outro ponto que foi discutido é de que as escolas busquem alternativa para redução de custos e repassem em forma de desconto nas mensalidades. A que conseguir 50% pode repassar 50%, a que conseguir 5% pode repassar 5%. Mostra aos pais que eles estão fazendo algo para não deixar a conta cair no bolso dos pais", apontou Colle.
Outro ponto abordado na reunião foi apontado pelo prefeito Clésio Salvaro, segundo Colle. O exemplo da Afasc, que cortou gastos com apoio do governo federal. "O governo municipal apresentou o caso da Afasc em que foi cortado 50% o salário dos professores e foi buscado o apoio do governo federal e esses 50% cortados o professor recebeu por meio do governo federal", disse o coordenador do Procon.
Colle justificou a decisão de não tratar de uma política única de desconto para os pais. "Cada escola tem seu custo operacional, existem escolas pequenas, médias e de grande porte, não tem como estabelecer um critério. A gente seria injusto com algumas escolas. Negociação diretamente com cada pai, aquele que está sendo diretamente prejudicado pela pandemia ter o direito de negociar individualmente", concluiu.