O enfrentamento a criminalidade é um dos grandes desafios das autoridades da área de segurança pública na atualidade. Em Santa Catarina, a Polícia Militar (PM) vem apostando não apenas no efetivo, mas em tecnologia no combate à violência.
“A Polícia Militar vive o seu melhor momento, com uma corporação mais jovem e um efetivo que foi recrutado já com nível superior. A média de policias é superior aos últimos anos. Além disso, estamos no nosso melhor momento em questão de tecnologia e inovação. Com uma plataforma informatizada e atendimento completo. Estamos conectados a todos os bancos de dados da Polícia Militar e Polícia Civil para checar nome de pessoas procuradas, carros roubados. Esse projeto, para se ter uma ideia, está concorrendo entre 20 finalistas de um concurso com mais de 20 mil concorrentes, para melhor projeto de inovação a nível mundial na Associação Internacional de Chefes de Polícia dos EUA”, contou Araújo Gomes, comandante da PM-SC.
Segundo Gomes, a PM-SC quer transformar toda a informação coletada em mapas criminais. “Estes mapas vão indicar onde os crimes acontecem com mais frequência e quem os pratica com mais frequência, de forma que, mesmo sem ter aumento de efetivo, consigamos colocar os policiais no local certo e na hora certa”, afirmou.
Gomes destacou que, nos últimos 80 dias, o registro de homicídios caiu 16% no Estado. “Isso representa uma média de 60 a 65 mortes a menos que no ano passado. Os roubos por exemplo, estamos alcançando a marca de 2,5 mil a menos que no ano passado. E furtos são 3 mil a menos. Vemos que a população vai percebendo e se integrando ao nosso esforço”, esclareceu.
A Polícia Militar, de acordo com o comandante, teve recentemente uma mudança no modelo de gestão. “Subimos o olhar do gerenciamento da segurança em Santa Catarina e passamos a tratar o Estado não mais por municípios, mas em manchas criminais. Isso faz com que, quando temos necessidade de intervenção em uma cidade ou um conjunto de cidades com índices em crescimento, a gente traga efetivo de todo o estado, se necessário, para conseguir a concentração absolutamente superior e tenhamos a certeza de que isso vai acabar. Para isso a inteligência é fundamental. Esse conjunto de integração entre comunidade, tecnologia, maior operacionalidade e inteligência está no centro da gestão que estamos implantando”, explicou.