Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno do Espectro Autista afeta uma em cada 160 crianças no mundo, um problema que poucos conhecem. Para esclarecer o tema, o Instituto Catarinense de Educação e Acolhimento em Psicologia fará um treinamento em Criciúma, no próximo dia 18. Para falar sobre o assunto, o Ponto a Ponto recebeu a psicóloga Silvia Von Borowski.
“É importante entender que acomete a interação social e a forma com eles se comunicam com o mundo. Essas crianças tem maior dificuldade para interpretar o roteiro social, eles precisam de outras vias para agir”, destacou.
Cada pessoa tem um ritmo diferente de vida e de aprendizagem, e a dificuldade de aprender é bastante comum em diferentes crianças, mas ela se torna ainda mais especial naquelas com Transtorno de Espectro Autista.
“Nos últimos anos aumentou o número de casos, mas isso está relacionado com a maior facilidade para diagnosticar o problema. Com a evolução dos diagnósticos muitas dúvidas surgem. Existem alguns subtipos, como leve, moderado ou grave”, explicou a psicóloga.
O curso do dia 18 será destinado aos profissionais das áreas de saúde e educação, abordando como compreender o diagnóstico e o que se deve fazer nos casos dessa doença. Existem mais casos de Espectro Autismo do que de Síndrome de Down.
“Alguns estudos apontam que com 40 meses é possível identificar os sinais. Alguns pais percebem que o repertório de linguagem não se desenvolve, e com isso buscam um pediatra”, contou Silvia.