Após o Governo Estadual anunciar o retorno das atividades do comércio de rua, neste sábado, 11, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, esticou a quarentena por mais uma semana. Na capital, todos os estabelecimentos comerciais não essenciais continuam fechados, assim como hotéis, pousadas e locadoras de veículos.
Em entrevista a Rádio Som Maior neste domingo 12, o prefeito explicou a medida e afirmou que levou em conta a curva de número de contaminados, a necessidade de leitos de UTI e probabilidade de número de mortos. “Todo trabalho de distanciamento social em Florianópolis conteve o crescimento, senão estaríamos numa situação muito pior. Temos a visão muito clara que senão tomássemos medidas mais restritivas e mantermos como estava previsto pelo governo, daqui a 30 dias não teremos mais leitos disponíveis. Numa necessidade de aproximadamente 220 a 250 leitos”, contou Loureiro.
O prefeito comparou e levou em consideração outras cidades que realizaram a reabertura do comércio e depois tiveram que fechar novamente, de maneira ainda mais restritiva, o chamado ‘lockdown’. “Toda nossa decisão é baseada em dados técnicos de saúde, comprovadas cientificamente. Não trabalhamos com achismo”, comentou. “Quando assumi o cargo de prefeito, sabia que iria ter que tomar decisões difíceis. Nunca fugi disso. Assumo essa responsabilidade com a tranquilidade de quem tem uma das melhores equipes de saúde do país, que me permite tomar decisões sensatas que já comprovaram até agora”, emendou.
O Governo da capital já comprou mais de 35 mil testes. “Nós estamos no início do número de contaminados, este número está totalmente subestimado. A nossa estimativa é que Florianópolis tenha 2,5 mil contaminados, no mínimo”, afirmou o prefeito. “Meu compromisso não é com a popularidade, mas sim responsabilidade com Florianópolis”, concluiu o prefeito.