Menos de 400 pessoas foram ao cinema em Criciúma para ver o ganhador do Oscar de Melhor Filme. Parasita, produção sul-coreana, esteve em cartaz por 14 dias, quando ainda não havia entrado para a história da Academia como o primeiro filme não falado em língua inglesa a levar a estatueta. O longa era, na época, um "mero" indicado em categorias importantes. Depois da consagração alcançada no último domingo, Parasita retorna ao cartaz do GNC Cinemas, no Nações Shopping.
A informação foi confirmada pelo diretor operacional do GNC, Ricardo Difini Leite. Parasita retorna ao cinema criciumense em três sessões diárias na Sala 2, que tem capacidade para 211 pessoas, e em uma sessão na Sala Vip. Inicialmente, o filme esteve em cartaz por duas semanas, entre 23 de janeiro e 5 de fevereiro, com apenas uma sessão por dia na segunda semana. A bilheteria teve apenas 356 pessoas nos 14 dias.
"Ele foi bem mal de bilheteria, mas vai voltar amanhã (quinta-feira) porque ganhou o Oscar. Entrará em todo o circuito do GNC. Vamos dar mais uma chance para o pessoal assistir", explicou Difini. "O que determina a permanência de um filme no cinema é o interesse do público. Se o filme é lançado e vai bem, permanece. Se é exibido para poucas pessoas, sai de cartaz", acrescentou.
Além de melhor filme, Parasita ganhou Oscar de melhor direção, roteiro original e melhor filme estrangeiro, para consagração do cineasta sul-coreano Bong Joon Ho. A Coréia do Sul não é um país tradicional do cinema - foi a primeira vez que teve um filme indicado, por exemplo, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, na qual o Brasil já recebeu quatro indicações, a última com Central do Brasil, em 1999. A aparição no cinema de Criciúma antes da premiação pode ter sido uma surpresa para o público: foi uma aposta do GNC por conta da qualidade do filme e por conquistar outras premiações importantes, como a Palma de Ouro, no Festival de Cannes.
"O Parasita foi para a maioria das nossas operações. A gente sabia que era um filme bom, ele já tinha indicações importantes para o Oscar, tinha ganho premiações em outros festivais. A gente entendeu que ele já tinha bastante atributos para que houvesse interesse do público. Ficamos até surpreso com o resultado ruim (em Criciúma), mas é compreensível, porque é um filme em uma língua bem diferente", apontou Difini.
Após a premiação, o retorno de Parasita em cartaz gera boa expectativa para o diretor do GNC. "Agora, sendo o grande ganhador do Oscar, estamos bem otimistas. A gente acredita que Criciúma vai ter um interesse super bom sobre o filme. Na primeira semana deve colocar no mínimo 1 mil pessoas", projetou.
GNC em Criciúma
Parasita será o último filme do Oscar a ser exibido em Criciúma. Permanece em cartaz 1917, filme de guerra dirigido por Sam Mendes, que era um dos favoritos ao Oscar de Melhor Filme e saiu vencedor nas categorias de Fotografia, Mixagem de Som e Efeitos Visuais.
Em operação desde 2016 no Nações Shopping, a avaliação do diretor operacional é positiva sobre o GNC na cidade. "Vem em um crescimento maravilhoso. Iniciou com um público aquém do esperado, mas cada ano cresce muito e vem sendo muito bom. A gente percebe que as pessoas estão conhecendo e gostando. Vamos ficar por muitos e muitos anos em Criciúma", promete Difini.
No último ano, segundo ele, houve um crescimento de 13% do público, acima da média nacional que cresceu 7%. 249 mil pessoas estiveram no GNC em Criciúma em 2019.
Parasita: sinopse
Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.
Em cartaz a partir de quinta-feira:
Sala 2 - 16h, 18h40 e 21h20
Sala Vip - 19h20