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Professor de Imbituba pode ser indiciado por apologia ao crime e racismo

Profissional está sendo investigado desde o fim do ano passado, diz delegado

Por Stefanie Machado Imbituba, SC, 16/03/2023 - 09:40 Atualizado em 16/03/2023 - 10:48
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Um professor de Imbituba foi afastado após ser filmado elogiando o ditador Adolf Hitler em sala de aula. O caso ganhou repercussão durante esta semana. O mesmo profissional já havia sido retirado temporariamente de suas funções por condutas semelhantes, em novembro do ano passado. 

"O inquérito foi instaurado no fim de 2022, após o resultado das eleições presidenciais. Algumas pessoas procuraram a delegacia e registraram boletim de ocorrência dando conta que esse mesmo cidadão havia encaminhado algumas mensagens de cunho discriminatório em grupos de WhatsApp", explica o delegado responsável pelo caso, Juliano Baesso. Um boletim de ocorrência também foi registrado pelo diretor da escola. 

Naquele momento, o Poder Judiciário afastou o professor do cargo por três meses, a pedido do delegado. No entanto, o prazo venceu e, em fevereiro, o profissional voltou às salas de aula. O inquérito já estava em fase de conclusão quando as imagens começaram a circular nesta semana. O conteúdo foi anexado ao inquérito.

"Embora o vídeo tenha sido cortado e não sabemos a magnitude e o contexto, mas, considerando essa situação, vou representar no fim do inquérito novamente pelo afastamento preventivo dele até o fim da conclusão da eventual ação penal", ressalta. 

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação, por meio da Coordenadoria Regional de Laguna, afirmou nesta terça-feira (14) ter prorrogado o prazo de afastamento do professor investigado por mais 60 dias. 

Entenda o caso

Após as denúncias chegarem à Polícia Civil, o conteúdo das mensagens foi analisado. "Entendemos que havia indícios da prática de dois crimes: apologia ao crime (art. 287 do Código Penal) e também crime de discriminação previsto na Lei de Racismo. Instauramos o inquérito e ouvimos testemunhas que, em sua maior parte, integravam esses grupos de WhatsApp", esclarece Baesso.

À época, o delegado representou por mandado de busca e apreensão na casa do suspeito que, posteriormente, foi aprovado pelo Judiciário. "Apreendemos celulares e computadores. Ele, inclusive à época das investigações, colaborou e forneceu as senhas dos aparelhos. Analisamos o conteúdo e entramos em um desses celulares justamente as mensagens que ele havia encaminhado em grupos de WhatsApp", enfatiza. 

Agora, o inquérito deve ser concluído até a próxima semana para ser encaminhado ao Ministério Público. "Os fatos que foram levados à tona no ano passado após as eleições, penso eu, que são mais graves do que o vídeo. Os fatos que chegaram até nós, no nosso entendimento, e pelo conteúdo da apuração, configuram apologia ao crime e racismo", conclui o delegado. 

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