Desde 2015, o crescimento do empreendedorismo entre os jovens tem se mostrado cada vez mais forte. Segundo a pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o percentual de pessoas de 18 a 34 anos que têm negócios em fase inicial em 2017 atingiu a marca de 57%, o que representa mais de 15 milhões de jovens. É pensando nisso que o programa Do Avesso desta segunda-feira, 12, recebeu Edio Castanhel Filho, Mateus Rossi e Lais Costa, membros da Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE) Edio Castanhel Filho, Mateus Rossi e Lais Costa.
O criador do projeto Caixa Solidária, CEO Ecogroup, Mateus Rossi, conta que no início o projeto não foi tão bem recebido. “Quando eu contei para as pessoas eles me chamavam de doido, dizia que só dava certo em outros países, que a caixa seria destruída. Havia até apostas de quanto tempo as caixas iam durar”, conta.
Três anos depois, 50 mil pessoas são beneficiadas diretamente. O projeto que iniciou em Criciúma, já conta com caixas em mais de 20 municípios de Santa Catarina. O projeto segue uma linha de funcionamento, que começa com a doação de roupas, calçados, cobertores, brinquedos, fraldas, produtos de higiene pessoal e alimentos não perecíveis, nos pontos de entrega voluntária. Em um segundo momento acontece a coleta dessas doações de forma semanal. Posteriormente é realizada a triagem dos donativos, e em seguida uma parte dos donativos são doados para pessoas cadastradas no sistema social do município, defesa civil e demais entidades de assistência.
Os itens depositados nas Caixas Solidárias e que são considerados deteriorados, por não apresentarem mais condições de reutilização, são destinados para reciclagem têxtil.
Desde os 14 anos a criciumense Laís Costa, hoje com 30 anos, cria seus produtos. Há três anos atrás motivada pelo descontentamento em trabalhar na indústria e pelo sentimento de poder fazer mais, Laís criou a Zakii Moda Afro. Além dos brincos, que foram suas primeiras criações a empreendedora já criou aproximadamente 900 produtos. Na Zakii existem bijuterias, tênis, bolsas, turbantes, entre outros produtos. “Eu sempre penso que comecei a empreender com 14 anos, parei, depois com 18 anos parei de novo. Algumas coisas que eu fiz não deram certo, mas foi por que essas coisas que eu fiz que não deram certo que hoje eu consegui encontrar algo que realmente me dá proposito”, finaliza Laís.