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Lá vem a bicicleta branca puxando uma pequena carroça. No comando do veículo, um homem de chapéu xadrez em camisa e meias listradas nas cores branca e vermelha, um colete e sapatos pontudos, pontas estas viradas para o céu. E claro, sobre a boca e nariz, uma máscara, afinal estamos em uma pandemia.
No meio da carroça, uma pequena janela com cortina vermelha. Sobre a estrutura, depois que a bicicleta para no meio da praça, surgem bonecos e a mágica acontece. A peça de teatro encenada pelos pequenos personagem arranca sorrisos, lágrimas, diversas emoções de quem assiste.
Tudo isso é feito em Nova Veneza através do projeto “Pedalando Pela Cidade”, de Marcelo Ciepielewski. Formado em Artes Cênicas, ele é natural de Itapiranga e chegou à região no início de 2020 para comandar oficinas de teatro na cidade. A pandemia chegou, o trabalho não pode ser realizado e ele partiu para uma nova aventura, porém ainda na cidade do Sul de Santa Catarina. “Começamos um projeto de apresentação na praça, com segurança, com uma carroça com bonecos tipicamente brasileiro e com a Pulcinella, que é italiano, fazendo algo que converse mais com a cidade e quando formos apresentar em outras cidades, temos outros bonecos para falar da realidade de cada uma”, explica Ciepielewski, que é diretor do grupo de teatro Cyathus.
Contribuição e participação
Além disso, ainda em 2020, ele contribuiu com a elaboração de vídeos que contribuam com o ensino a distância das escolas de Nova Veneza. “Eram vídeos artísticos com teatro de bonecos para auxiliar nas aulas”, relata.
Sobre o projeto “Pedalando Pela Cidade”, o ator comenta ainda que ele permite vários espetáculos, cenas curtas e improvisos para interagir com o público.”Acreditamos muito no teatro como uma ferramenta de educação, então nunca deixamos de apresentar em escolas e oficinas para crianças. sempre oferecemos um momento de conversa. Oferecemos oficinas para professores ou para os alunos mesmo. Tentamos sempre deixar uma semente por onde passamos para as pessoas, além de curtirem o teatro, a gente pensa em poder voltar para esta escolas um dia e ter uma relação de carinho com os nossos espectadores”, enfatiza.
Marcelo Ciepielewski conta também com a participação do ator Vitor Ribeiro, que faz parte do projeto, auxiliando, entre outras coisas, na manipulação dos bonecos.
Continuidade do projeto
Mesmo após o fim da pandemia, Ciepielewski diz que o projeto será mantido. Vamos continuar com o teatro de rua mesmo depois da pandemia porque não tem nenhum grupo atuando na cidade. Criciúma tem o Cirquinho do Revirado, o Cirandela, então a minha vinda também se deu pelo contato com estes grupos. A nossa área tem muito esta interação. É interessante ter o concorrente perto, porque é sempre parceiro e tem uma troca bacana entre os grupos da região”, cita.
