O renomado psiquiatra e professor da Unesc, João Quevedo, está à frente de um projeto que pode mudar o rumo da medicina. Juntamente com um grupo de profissionais, Quevedo estuda uma substância que poderá ser capaz de interromper o Alzheimer.
O estudo tem como alvo a proteína do sistema imune IL 33, que atua como se fosse um “caminhão do lixo” no cérebro. Isso porque, dentro das coisas ruins existentes no cérebro que precisam ser removidas, existem duas proteínas tóxicas que se acumulam e acabam causando o Alzheimer, matando os neurônios.
“Descobrimos que existe essa resposta imunológica de limpar o cérebro dessas substâncias, o que pode ser um caminho interessante para o Alzheimer. É um negócio promissor, estamos no estágio pré-clínico da pesquisa, está longe de chegar no paciente, mas se levanta uma hipótese que agora precisa ser validada pelas pessoas que trabalham diretamente com a parte clínica”, ressaltou Quevedo.
Até o momento, não existe nenhum medicamento que haja efetivamente no sentido de interromper a doença. Há somente algumas medidas básicas de prevenção, como a prática de atividades físicas e exercícios de função intelectual.