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Qual o impacto do acordo do Ministério da Saúde para reduzir o teor de açúcar nos alimentos industrializados?

Por Redação Criciúma, 21/12/2018 - 12:09 Atualizado em 21/12/2018 - 15:14

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No final do ano de 2018, o governo brasileiro através do Ministério da Saúde e a indústria do setor alimentício firmaram um acordo que visa a redução da porcentagem de açúcar nos produtos industrializados. A meta é reduzir o consumo de 144 mil toneladas da substância gradualmente até o ano de 2022.

Segundo recomendação da organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de açúcar deve ser de cerca de 50 gramas por dia, o que equivale a 12 colheres de chá. O consumo do brasileiro já atinge o patamar de 18 colheres de chá por dia, colocando o país como o quarto dentre os maiores consumidores da substância.

Dentre o consumo de açúcar no Brasil, um terço provém de alimentos industrializados, sendo o restante adicionados a gosto na alimentação de cada um. As porcentagens de redução atendem à um grupo específico de alimentos, sendo eles os achocolatados, bebidas açucaradas como os refrigerantes, biscoitos, produtos lácteos, bolos e misturas para bolos.

A previsão é que até o ano de 2022, a quantidade de açúcar em bolos seja reduzida em até 32,4%, nas misturas em 46,1%, nas bebidas açucaradas em 33,8%, nos achocolatados em 10,5%, nos biscoitos em até 62,4% e nos produtos lácteos em 53,9%. Segundo o presidente da Abis (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), os termos do novo acordo fazem parte de uma série de medidas que começaram a ser tomadas no ano de 2007 e visam tornar os alimentos ofertados à população cada vez mais saudáveis, tendo como iniciativas anteriores a redução de gorduras trans e do sódio nos produtos.

Impacto na saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde, a falta de bons hábitos alimentares associados ao tabagismo, sedentarismo ou consumo excessivo do álcool aumentam a chances de obesidade em 60% em homens e 54% em mulheres. A má alimentação aliada a outros hábitos pouco saudáveis também pode aumentar o risco de doenças coronárias e até mesmo o risco de câncer.

Também é preciso ficar atento à saúde bucal. Uma alta ingestão de açúcar associada a uma limpeza incorreta e ineficaz acumula cada vez mais alimentos que podem desenvolver cáries ou doenças periodontais, lembrando que estes casos podem parecer simples, porém se não tratados podem evoluir para quadros mais graves.

Porém, reduzir a quantidade de açúcar nos alimentos industrializados não é o suficiente, é necessária uma mudança de hábito. Primeiramente, é necessário diminuir a ingestão do açúcar com a prática de adicioná-los a vários alimentos, consumir alimentos in natura também é uma ótima opção, se optar por produtores locais também existe a chance de ingerir cada vez menos agrotóxicos, também prejudiciais à saúde.

Críticas ao modelo

Contudo, alguns estudiosos apontam algumas falhas na iniciativa. A primeira se refere a fiscalização, sendo que não é obrigatório que a indústria forneça a quantidade de açúcar contida nos alimentos, sendo assim, seria cada vez mais difícil acompanhar a evolução.

Outra crítica é repetir o mesmo modelo anteriormente usado para a redução de gorduras trans e sódio nos alimentos. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFRJ, projetou que a redução do consumo de sódio após as medidas tomadas em parceria entre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia causaram uma redução de apenas 1,5% no consumo de sódio.

Por fim, é preciso salientar que apenas acordos não são necessários para reduzir o consumo de açúcar ou outras substâncias nas quais o consumo excessivo pode causar sérios danos a saúde da população. É preciso investir em campanhas de reeducação alimentar incentivando o consumo de opções cada vez mais saudáveis com alimentos frescos e naturais.

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