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Empresários fazem as contas. Em um cenário de insegurança e incertezas, indústrias e comércios encontram dificuldades para projetar faturamento e corte de gastos nos próximos meses, sem saber os rumos que a economia tomará durante e após a pandemia do coronavírus. Porém, para José Carlos Sprícigo, CEO da Librelato, empresa de implementos rodoviários que emprega 1,5 mil pessoas na região, a retomada econômica será mais rápida do que na crise de 2015 e 2016 e espera retornar ao faturamento normal ainda neste ano.
A empresa concedeu férias coletivas aos funcionários do dia 23 de março até 12 de abril. Manteve atividades em home office e está, desde segunda-feira, 13, operando em escala especial: cada funcionário trabalha 12 horas e folga 36 horas.
"Analisamos com muita preocupação (o cenário). Fizemos férias coletivas visando achatar a curva e retornamos ontem. Criamos um novo ambiente de trabalho, um novo horário de 12 por 36 horas. Cada empregado fica 15 dias em casa. Evita aglomeração. Para a empresa não é uma medida interessante em virtude de aumento de custo. Menos horas trabalhadas e mais locomação, trabalho em sábado e domingo com onibus fretado, aumenta o custo", avalia Sprícigo.
A expectativa da empresa é atuar desta forma até junho, quando terá um cenário de maior certeza sobre o andamento da pandemia. Assim, atuará com 25% da capacidade. "Um isolamento muito bem feito dentro da empresa e acho que vamos ter um belo resultado de minimizar riscos", alega o CEO.
"Há uma certa compreensão por parte de todos pelo momento. Nossa cadeia de fornecedores também parou. Trabalhamos hoje com 15% a menos de produção, aguardando com otimismo por acreditar ser uma crise conjuntural. Na hora que tiver um controle do vírus por vacina, devemos ter uma retomada mais rápida do que aquela que passamos em 2015 e 2016", projetou Sprícigo.
A Librelato compromete-se a pagar os fornecedores, especialmente os micro e pequeno empresários da região, normalmente. A expectativa da administração da empresa é de que, até o fim do ano, o faturamento encontre o projetado para 2020.
"Nós vislubramos que o quatro trimestre seja de normalidade, dentro do projeto orçamentário. No primeiro trimestre já foi de certa forma razoável, claro que tivemos março impactado. Abril também foi impactado, mas maio e junho está bem consistente. Nosso trabalho de home office continuou de forma bem forte, essa crise vai deixar essas plataformas como legado", conclui Sprícigo.
