Com seus mais de 62 mil habitantes, o Rio Maina responde por 30% da população e parcela semelhante do eleitorado de Criciúma. Por esses números, conseguiria atender a principal exigência do projeto que passou pelo Senado no ano passado, e que está tramitando na Câmara Federal. A pauta pode definir uma nova leva de até 300 emancipações de distritos em todo o Brasil.
Uma das exigências é que as áreas que aspiram autonomia tenham, na região Sul do Brasil, no mínimo 20 mil habitantes e que não deixem o município mãe com menos de 20 mil. Requisito que facilmente o Rio Maina atende.
Há na comunidade quem seja a favor. "O Rio Maina foi abandonado e esquecido", dispara o empresário Estevão Pierini, que preside a comissão pró-emancipação instalada desde 2003. "Não é momento, hoje sou contra", retruca o vereador Júlio Colombo (PSB), que em outras ocasiões já integrou a campanha a favor da separação.
O Rio Maina conta com importantes indicadores. São mais de 1,2 mil empresas, 12 mil estudantes em 47 instituições de ensino, 16 Unidades Básicas de Saúde, uma Policlínica, um 24 Horas e uma Casa de Saúde, e mais de 45 mil pessoas incluídas na população economicamente ativa.
Mas o processo é longo. A Câmara precisa aprovar o projeto que já passou no Senado, depois a Assembleia Legislativa precisa aceitar um projeto do distrito, com a chancela de um bom contingente de eleitores, é necessário comprovar viabilidade estrutural e econômica, há um plebiscito e outras etapas mais a serem vencidas. O Rio Maina tentou pela primeira vez em 1968, nove anos depois de tornar-se distrito, sem sucesso. Depois, um plebiscito em novembro de 1987 abortou a ideia dos emancipacionistas.
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