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Cada setor da economia envolve uma grande cadeia que se beneficia. Quando algum segmento sofre, todos sentem. Os reflexos dos decretos de isolamento social em Santa Catarina devido ao novo coronavírus (Covid-19) serão sentidos por muito tempo.
Trabalhadores que, além do risco iminente de contaminação, também sofrem com a queda na renda são os catadores de recicláveis. Sejam eles membros de associações ou independentes, o impacto é sentido porque as empresas pararam a produção e agora trabalham com 50% da capacidade.
Além disso, o professor da Unesc, Mario Ricardo Guadagnin, relata o perigo de contaminação desses profissionais. “Existe uma problemática da permanência da Covid-19 em superfícies. Algumas cidades, inclusive, tinham interrompido a coleta que retornou agora, porém com volume menor de material e menos participação. É um efeito dominó”, enfatiza.
Nem CPF
O Projeto de Extensão Coleta Seletiva Solidária, da Unesc, coordenada pelo professor Mario Ricardo Guadagnin, está buscando auxiliar estas pessoas e hoje trabalha com 120 famílias. “Parte da população catadora que não está nas associações não têm nem o CPF. Quando passamos a atender estes trabalhadores vimos que não estavam no CadÚnico, então começamos a orientar para que regularizassem o CPF e assim buscar o auxílio emergencial do Governo Federal”, revela Guadagnin.
O trabalho conta com bolsistas, voluntários, professores. “Como estamos impossibilitados de estar nos grupos de trabalho, reuniões, transformamos o projeto de extensão. Transformamos o projeto de presencial para à distância para atender essas pessoas”, diz.
Para tratar do assunto, Guadagnin irá realizar uma live no Facebook na noite desta quarta-feira, 15. Na ocasião, ele contará com a participação do membro do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Alex Cardoso.
