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Sábado teve bastante movimento no Centro de Criciúma

Lojas apostam em descontos para tentar atrair clientes de volta

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 25/04/2020 - 13:56 Atualizado em 25/04/2020 - 13:58
Fotos: Heitor Araujo
Fotos: Heitor Araujo

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A manhã de sol foi de movimento na região central de Criciúma. Na Praça Nereu Ramos, o cenário foi de familias transitando pelas calçadas, pessoas nos bancos da praça, clientes sentados nas mesas de lanconhetes e pessoas curiosas olhando as vitrines das lojas. Para o comércio, uma saída para tentar atrair os clientes tem sido os cartazes anunciando promoções.

Uma loja de calçados que tem duas filiais no Centro, por exemplo, aposta em todos os produtos vendidos a preço de custos. Na entrada, um funcionário oferece álcool gel para higienização dos clientes. Ainda assim, poucos aventuram-se no interior da loja.

De acordo com os funcionários, o preço de custo nos produtos é para tentar voltar a ter volume de vendas, que está bem abaixo em relação ao período pré-coronavírus. No entanto, a rede mantém o quadro com 30 funcionários, sem demissões até o momento.

Uma loja de eletrodomésticos teve que demitir quatro funcionários e mantém nove no quadro. Com alta inadimplência, segundo o gerente causada por clientes que não têm como ir até o local fazer o pagamento, o movimento de vendas tem melhorado nos últimos dias. Para equilibrar as contas, a saída foi reduzir o período de carência na venda dos produtos.

"A gente trabalhava com três meses de carência, agora é 30 dias. As vendas estão normais, tem muita gente que antecipa pagamento porque tá com medo do futuro. Quem tem parcela atrasada, a gente refinancia e faz em até 15 vezes sem juros", explicou o gerente.

Na loja ao lado, a saída foi colocar os smartphones com desconto de 50%. Segundo o gerente, uma forma de manter o fluxo no caixa da unidade, que não teve demissões nesse período de crise. Ele afirma que o movimento mais alto foi nos primeiros três dias após abertura de comércio, mas agora deu uma reduzida.

O que tem saído nesses tempos de queda de 50% das vendas, de acordo com o gerente, são notebooks, máquina de costura e videogames. "Professores e alunos para aula online e trabalhadores para o home office têm levado notebooks. Clientes que vinham procurando um barato saem com um caro, porque vários modelos já não tenho mais", aponta.

A esperança dos vendedores é de que o movimento no interior das lojas aumente. "Prefiro acreditar que vai melhorar, porque gerentes e vendedores dependem de comissão. É um efeito dominó, se a pessoa não tem emprego, ela não vai gastar", podera o gerente.

No exterior das lojas, bastante gente na praça. As tendas de artesanato estavam montadas, com venda de comidas congeladas, inclusive. Nas lanchonetes, as mesas foram dispostas na rua, respeitando o espaçamento de um metro e meio entre elas. Nas lojas, muitas fornecendo o álcool gel, mas sem funcionário para controlar. Assim, a higienização passa a ser opcional - e não obrigatória - para os clientes.

Tags: coronavírus

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