Os dias de férias e descanso durante o verão são motivo de receio para boa parte das pessoas. Ao optar por passar a temporada na praia, a residência da cidade fica sem cuidados, é neste momento que os criminosos escolhem para agir. O novo comandante do 9° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Criciúma, tenente-coronel Mário Luiz Silva separou algumas dicas de como evitar ter seu patrimônio como alvo de furtos.
“Estatisticamente, teremos uma redução nas ocorrências de furto agora, porque as pessoas não percebem que seu bem foi furtado. O aumento foi agora, mas a constatação vai ser lá na frente, quando as pessoas retornam de férias”, explicou o comandante.
Para explicar como os furtos podem ser evitados, Mário citou o ‘triângulo do crime’, composto por um ‘agente motivado’, uma ‘vítima em potencial’ e a ‘ausência de um guardião’. Se o cidadão pretende evitar o crime, ele precisa quebrar, ao menos, um desses vértices.
“O ‘agente motivado’ ultrapassa as nossas competências enquanto polícia e cidadão. Os outros dois fatores – ‘vítima em potencial’ e ‘ausência de um guardião’ - nós, enquanto polícia, e o cidadão conseguimos reduzir a prática do delito”, salientou.
Como não ser uma vítima em potencial
No aspecto prático, é importante fazer com que a residência não se torne uma vítima em potencial para um crime contra patrimônio. A primeira e principal dica de Mário é: ‘pensar como um marginal’. Segundo o tenente-coronel, a tendência é que o criminoso escolha o alvo mais fácil, que seriam residências com um aspecto de abandonadas.
“Devo tornar a minha residência – fechada no período de férias – com um aspecto de que está sendo habitada. Evitar sinais de que a casa está fechada”, destacou. Confira a lista que Mário pontuou com dicas essenciais de ‘como não ser uma vítima em potencial’:
- Grama alta e folhas de árvore caídas no jardim: pedir para um vizinho aparar a grama, limpar o jardim ou contratar alguém que o faça;
- Luz acesa durante o dia: deixar a luz com um temporizador (células fotovoltaicas) que acende apenas no período noturno ou manter sempre apagada;
- Correspondências amontoadas na caixa de correio demonstram que não há ninguém no ambiente;
- Desligar a campainha;
- Instalar alarmes e câmeras de segurança.
Na ausência de um guardião, traga seu vizinho
O último ponto a ser evitado é a ausência de um guardião. Estes seriam os próprios policiais que, evidentemente, não podem proteger todas as casas ao mesmo tempo. Por isso, os agentes que atuam muito bem nessa situação, segundo o comandante do 9° BPM, são os guardiões informais: os vizinhos.
“Era comum que os vizinhos tivessem um relacionamento muito próximo, isso é segurança pública. O crime aumentou quando a sociedade parou de cuidar dela mesma”, salientou Mário. “Traga o seu vizinho para ser o seu guardião. Para que ele saiba que você foi para a praia na sexta-feira e, no sábado, não tem ninguém em casa. Se tiver algum movimento naquela residência, é suspeito. Nesse sentido, o 190 está a disposição”, completou.