De olho no posicionamento do governo do Estado no próximo domingo, a prefeitura de Criciúma pressiona pela volta do transporte coletivo, creches e comércio. Se não houver a liberação do transporte e das creches pelo governador Carlos Moisés (PSL), inclusive, o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) promete ir à justiça.
"Se o governo do Estado não autorizar o transporte coletivo, assim como as creches, vamos buscar esse direito na justiça. Elas precisam estar abertas para os pais e mães que queiram deixar seus filhos. Nós defendemos a volta à normalidade com os cuidados que têm que ter. Na prefeitura, desde a segunda-feira atendemos normalmente. Funcionário com máscaras e higienização nas mãos de quem entra", afirmou Salvaro.
De acordo com o prefeito, em conversa com o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, houve uma possibilidade da abertura do comércio, mas o governo do Estado não pretende decretar o retorno do transporte e das creches. "É preciso definir com equilíbrio, discernimento e sabedoria, mas que as coisas voltem a funcionar. Tem político que nem sabe falar hidroxicloroquina e quer receitar médico. O político tem que ouvir os médicos e tomar as decisões", disse Salvaro.
Especialistas afirmam que o pico da curva do coronavírus no Brasil deve ser pelo fim de abril ou começo de maio. O pneumologista Renato Matos, consultado pela Som Maior e Portal 4oito diariamente, avalia como precipitado o retorno das atividades comerciais, afirmando que não há como um comércio cumprir as medidas sanitárias necessárias.
Salvaro voltou a falar sobre "salvar os negócios"; na terça e quarta-feira, comerciantes pressionaram o Estado para o retorno da atividade comercial em várias cidades, com manifestações em Criciúma e Içara. "Fazer o uso de máscaras, distanciamento dentro dos estabelecimentos. Não podemos perder negócios. Vidas estamos lutando a cada dia para salvar e há de ressaltar os números positivos. Quantas pessoas diagnosticadas com o vírus que foram salvas e estão trabalhando normalmente. Quantas medidas tomamos para achatar essa curva", alega Salvaro.