O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) está definido a criação de uma Controladoria Geral do Governo Municipal. A medida - dias depois da Operação Blackout, que levou o Gaeco à prefeitura na última semana - foi tratada em reuniões no Paço Municipal e foi antecipada pelo vereador Arleu da Silveira (PSDB), durante a sessão da noite desta terça-feira, 7, na Câmara de Criciúma.
"Todos ficaram muito tristes com uma operação dessa. Por outro lado, que bom que teve essa investida do MP e do Gaeco. Agora as pessoas envolvidas poderão fazer suas amplas defesas", afirmou Arleu. "Mas ontem pela manhã o prefeito Salvaro convidou todos os secretários, gerentes, diretores, procuradoria, presidentes de fundações, foi uma reunião gravada no Salão Ouro Negro colocando a situação. Os secretários, diretores e presidentes vão começar a assinar um termo de responsabilidade e compromisso para a execução dos seus trabalhos. A prefeitura de Criciúma é uma cidade, com 5 mil funcionários, é humanamente imnpossível o secretário tomar conhecimento de todas as ações", apontou o parlamentar.
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Arleu foi além. "Daí veio a ideia de se fazer uma extensão da Controladoria Interna. Do limão vamos fazer uma limonada", adiantou. "O governo não tem compromisso com o erro. Essa comissão, que provavelmente vai ser presidida pelo vice-prefeito Ricardo Fabris, vem do exemplo da comissão que controla os gastos de Criciúma com a pandemia de Covid-19, comissão que já é um case de sucesso no Brasil, demonstrando a total transparência dos fatos", referiu Arleu.
O parlamentar lembrou, ainda sobre a operação do Gaeco, que todos os pedidos de informações foram respondidos pela prefeitura. "Várias e várias folhas. Não consta superfaturamento, também não consta pagamento adiantado, sem ter recebido ou sem ter feito o trabalho. Mas tem que ser averiguado", ponderou.
O jornalista Adelor Lessa tratou da criação da Controladoria em seu comentário no programa Ponto Final desta terça, na Som Maior:
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Críticas
Algumas críticas recebidas pelo Governo Municipal na véspera, na Câmara, foram rebatidas por Arleu da Silveira em seu longo pronunciamento desta terça-feira. "Ontem a vereadora Solange Barp falou da operação do Gaeco. No governo do Márcio Búrigo o Gaeco também esteve no Paço, e a vereadora Solange era secretária", afirmou. Ele fez, ainda, réplicas aos vereadores Júlio Kaminski (PSL) e Zairo Casagrande (PDT). "Todos nós aqui buscamos transparência", reforçou.
Ao citar o vereador Zairo, Arleu mencionou um debate que fez com ele há poucos dias na Rádio Som Maior, no programa Agora. "O vereador Zairo, há cerca de vinte dias, foi em um programa de rádio comigo, na Rádio Som Maior, lá ele já tinha feito a denúncia, ele disse que vai bater o Gaeco lá por causa do fio, valor muito alto, e o Gaeco bateu lá. E eu falei, que bom que vai o Gaeco, que bom que vai o MP, a diferença é que essa denúncia não tem nome. Eu já sofri denúncia anônima, é ruim, processo que foi arquivado, a denúncia que é boa mesmo é aquela que tem nome e CPF", detalhou.
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Ouça, no podcast, o pronunciamento do vereador Arleu da Silveira na sessão desta terça na Câmara: