Membros da Polícia Civil, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina estiveram em Israel a convite da Confederação Israelita Brasil para conhecer mais sobre o trabalho em segurança cibernética e investigação no país.
Só em 2023, a Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância da Polícia Civil prendeu 17 pessoas ligadas a movimentos neonazistas. “Santa Catarina está na vanguarda do combate a grupos extremistas”, explica o delegado-geral da Polícia Civil de SC, Ulisses Gabriel.
“Foram 16 visitas, desde empresas que fornecem softwares para o crime cibernético, quanto visitas em departamentos que fazem esse combate, também realizamos uma visita na Faixa de Gaza para ver como funciona a dinâmica da segurança no transporte de mercadorias até Israel”, complementa.
Dentre as visitas, eles tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o trabalho que o país faz no combate à lavagem de dinheiro utilizando criptomoedas. “Criamos uma relação com a polícia de Israel no sentido de fornecerem tecnologias para investigar crimes cibernéticos. Os criminosos mais evoluídos colocam toda a renda em criptmoeda”, diz o delegado-geral.
Um dos sistemas utilizados pela polícia israelita é a interceptação instantânea de mensagem no Telegram e Whatsapp, além de tecnologia para intrusão de dados nos telefones sem que a pessoa precise clicar em um algum link.
“São tecnologias que estão à frente no Brasil e que são importantes. No departamento que visitamos, identificamos que não se faz investigação sem pessoas qualificadas e sem engenharia social”, ressalta Gabriel.
Ao retornar de viagem, o delegado-geral tem um objetivo: fazer um trabalho diferenciado contra os crimes cibernéticos. “Estamos constituindo um laboratório cibernético da Polícia Civil. O governador autorizou aquisição de equipamentos de ponta”, finaliza o delegado-geral.