A Guarnição Reforçada da Polícia Militar (GR9) foi encerrada em Criciúma. O último dia de trabalho neste formato ocorreu no último sábado (6). O grupo funcionava desde 2018 com foco no combate à criminalidade na cidade. A partir da terça-feira (9), os policiais fazem parte do radiopatrulhamento.
Conforme o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma, tenente-coronel Sandi Sartor, o fim da GR9 partiu de uma solicitação dos próprios profissionais, que cumpriam escalas de 12 horas diariamente. "Primeiro, que o GR9 não existe em qualquer diretriz, normativa ou portaria dentro da Polícia Militar de Santa Catarina. Entretanto, nós sustentávamos aqui em Criciúma pelo trabalho que vinha desempenhando", explica.
Sartor ressalta que a equipe não saiu de Criciúma. "São excelentes profissionais que continuam trabalhando no combate à criminalidade e na prevenção de crimes", destaca. "Com a inserção deles no radiopatrulhamento, nós vamos implementar já com início hoje uma nova guarnição de radiopatrulha de 18 horas por dia. Ganharemos mais uma viatura para atuar naquela região que estava carente: Ana Maria, Jardim Maristela, Nossa Senhora da Salete, São João, Renascer, Cristo Redentor", completa.
Atualmente, há 236 policiais militares atuando em Criciúma. Ainda, há quatro guarnições de policiamento tático e outras três de canil.
Sem previsão de reforço no efetivo
Além da desmobilização da GR9, a PM ressalta a preocupação com a falta de previsão de quando o efetivo policial será reforçado em Criciúma. No momento, não há escola em formação e nenhum edital de contratação em andamento. Em horários de pico, a Polícia Militar chega a receber mais de 30 ocorrências.
"Acredito que, nos próximos dois anos, a situação do nosso efetivo vai piorar. Inclusive, temos mais de 10 policiais habilitados para irem para a reserva. Três devem ir agora em agosto. Perderemos mais três policiais e vamos ter que nos reinventar. Essas decisões que estão sendo tomadas são para fazer essas redeaquações", salienta.
O comandante destaca que a Capital do Carvão tem, em média, um policial militar para cada mil habitantes. "Se compararmos com outras cidades da região como Araranguá, Içara, Tubarão, Imbituba, todas essas têm uma proporção maior do que Criciúma. Além do número de ocorrências, nós estamos muito acima", ressalta Sartor.