Depois de ouvir mais de 30 depoimentos desde que foi instalada, em maio, a CPI dos Respiradores terá uma semana com reuniões de trabalhos internos nesta terça, 14, e quinta-feira, 16, também para analisar documentação reunida até agora. “Além dos depoimentos, os membros da comissão também se baseiam em análise de documentos para aprofundar as investigações”, afirma o relator deputado Ivan Naatz (PL), acrescentando que na sequencia também poderá haver eventual reinquirição de testemunhas, se for o caso de esclarecer dúvidas, além de analisar fatos novos que podem surgir nos próximos dias.
Os integrantes da CPI também aguardam para os próximos dias, o envio por parte do governador Carlos Moisés (PSL), das respostas às 15 perguntas formuladas e organizadas pela relatoria. O documento com o questionário foi encaminhado à Casa Civil do governo estadual na quarta-feira passada, 8, com solicitação de “cortesia” entre os poderes, de que seja respondido em até sete dias úteis para que a CPI possa cumprir o “ compromisso moral com os catarinenses” de encerrar os trabalhos até o fim de julho. O prazo oficial do governo é de até 17 dias, a contar do recebimento.
Apesar de citar dificuldades com a estratégia de “auto proteção “ por parte da cúpula administrativa do governo do estado, o relator da CPI, deputado Ivan Naatz analisou que as duas últimas semanas de depoimentos foram bastante esclarecedores para o avanço dos trabalhos e que já permitem fazer um “desenho” do relatório final sobre “as responsabilidades na fraude ocorrida no setor de saúde e os agentes internos e externos que que teriam se beneficiado deste processo fraudulento dos cofres públicos”. Naatz e a presidência da CPI mantém a expectativa de encerrar os trabalhos até o final deste mês de julho.